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Bolsonaro diz que acionou PF contra denúncia de laranjas e desmente Bebianno

Em entrevista a TV, presidente diz que ministro da Secretaria-Geral pode 'voltar às origens' se for comprovada participação em esquema no PSL

13 fev 2019 - 22h46
(atualizado às 22h50)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à TV Record, que determinou à Polícia Federal e ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, a abertura de um inquérito para apurar acusações de que o PSL teria financiado candidaturas laranjas. O presidente ainda disse que, caso seja comprovado que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, esteve envolvido no suposto esquema do partido na última eleição, o destino do ministro será "voltar às suas origens".

O presidente da República, Jair Bolsonaro, aterrisa na base áera de Brasília, após passar 17 dias internado em São Paulo para uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal 
O presidente da República, Jair Bolsonaro, aterrisa na base áera de Brasília, após passar 17 dias internado em São Paulo para uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal
Foto: Marcos Correa/Presidência da República / Estadão

Bolsonaro negou ainda que tenha conversado com Bebianno enquanto ainda estava no hospital. Nesta tarde, o filho do presidente e vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro usou o Twitter para desmentir Bebianno, que disse ter conversado três vezes com o presidente na terça, 12. "Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano (sic) o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou", diz a postagem. Carlos Bolsonaro também publicou um áudio que indica ter sido gravado pelo presidente em que Bolsonaro diz a Bebianno que não falará com ninguém.

Questionado se sabia sobre o esquema de candidatura laranja denunciado pela imprensa, Bolsonaro afirmou que, na época, estava em casa, "em convalescença". "E mesmo que não estivesse, não tenho como acompanhar tudo isso aí. Agora, já determinei à Polícia Federal que abra inquérito e investigue esse caso".

Bolsonaro acrescentou que o pedido foi feito através de Moro, e que o ministro tinha "carta branca" para determinar invetigações do caso.

"O partido tem que ter consciência. Não são todos, é uma minoria do partido que está aí nesse tipo de operação que nós não podemos concordar", acrescentou, durante a entrevista.

Estadão
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