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'Bancada da bala' defende segurança como pauta prioritária do governo

Frente da Segurança Pública reage ao adiamento da análise do pacote anticrime de Sergio Moro

20 mar 2019 - 12h44
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BRASÍLIA - Com 304 parlamentares, a Frente da Segurança Pública, chamada também de 'bancada da bala', fez hoje uma defesa enfática para que sua temática tenha prioridade nas discussões do Congresso. O posicionamento é um contra-ataque ao adiamento da análise do pacote de medidas do ministro da Justiça, Sergio Moro, que foi postergado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia adiou a tramitação do projeto para que ele não atrapalhe a discussão da Nova Previdência.

A defesa da segurança como prioridade - diferentemente da economia como afirma boa parte do governo - foi colocada inclusive pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). "Esse é o momento propício para que o projeto vencedor das urnas seja colocado em prática", disse ele falando sobre questões de segurança, como redução da maioridade penal, sistema carcerário e estatuto do desarmamento.

"Não tenho dúvida de que essa Casa pode contribuir muito (com a segurança pública)", disse Flávio. Ele afirmou ainda que essa é a legislatura que "tem a oportunidade de fazer o que a população espera". "Vamos tratar bandido como bandido e policial com respeito", disse.

O presidente da frente, Capitão Augusto (PR-SP), afirmou que o grupo tem como "missão aprovar o pacote de Moro". Augusto é também presidente da Comissão Permanente sobre Segurança Pública na Câmara. "Entendemos a prioridade do governo, mas os membros aqui sabem que nossa bandeira sempre foi segurança pública e combate à corrupção", disse. "Temos de convencer os presidentes de que nossa reforma não pode ser preterida", completou.

Ele disse que Maia "sabe ouvir" e que os projetos, segurança e previdência, podem tramitar conjuntamente sem problema. Para ele, deixar para o próximo ano, com eleições municipais, pode ser prejudicial.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, quer pedir celeridade ao seu projeto. "Vou conversar respeitosamente com o presidente da Casa (Rodrigo Maia, DEM-RJ)". O senador Major Olímpio (PSL-SP) também defendeu a pauta da segurança como a que mais "empolga" a população.

Augusto disse que vai se reunir ainda hoje com Maia para pedir prioridade ao projeto de segurança pública. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que faz parte do grupo criado para analisar as medidas de Moro, disse que conversou com o presidente da Câmara ontem e que ele teria concordado em reduzir o prazo de 90 dias, para o grupo analisar a proposta, para 45.

Estadão
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