Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Ausência de método pode impulsionar procrastinação no estudo

Pesquisas apontam que a maioria dos estudantes procrastina; especialista em memorização, Renato Alves, destaca os principais desafios por trás do adiamento de tarefas e sugere estratégias para melhorar o desempenho acadêmico

10 mar 2025 - 14h14
Compartilhar
Exibir comentários

Deixar atividades importantes para a última hora é um hábito comum, especialmente entre estudantes. O famoso "deixar para amanhã", conhecido tecnicamente como procrastinação, ocorre com frequência na rotina de quem se prepara para vestibulares, concursos públicos ou tarefas acadêmicas.

Foto: Imagem de stockking no Freepik / DINO

Uma pesquisa divulgada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) indica que cerca de 82% dos universitários admitem adiar suas obrigações. Outro levantamento, publicado pela VEJA, aponta que 50% dos discentes procrastinam seus estudos de maneira crônica, o que preocupa especialistas da área educacional.

Segundo Renato Alves, especialista em memorização e pesquisador cognitivo nas áreas de aprendizagem, a procrastinação está relacionada à dificuldade de lidar com situações estressantes, ou seja, "o estudante adia suas tarefas devido à sua incapacidade de enfrentar o desafio de estudar e se preparar adequadamente para as avaliações".

A neurociência, nesse sentido, enfatiza que essa postergação ocorre especialmente com atividades menos prazerosas devido ao conflito entre o sistema límbico, que busca satisfação imediata, e o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento de metas e tomada de decisões, conforme informado na publicação da VEJA.

Ainda de acordo com a FINEP, oito a cada dez estudantes procrastinam. O levantamento, realizado com 499 participantes, identificou as atividades mais adiadas: "estudo de rotina" lidera a lista, sendo postergada por 40% dos respondentes, seguido por "fazer trabalhos" (25%), "realização de exercícios" (23%) e "estudar para provas" (11%). O principal motivo citado foi a preguiça. 

Para Alves, o problema central não é a procrastinação em si, mas a falta de estratégias eficientes para consolidar o conteúdo na memória. "Quando o estudante procrastina e estuda de forma incompleta, sua compreensão se torna fragmentada, semelhante a um quebra-cabeça com peças ausentes, essa lacuna de conhecimento pode prejudicar o desempenho na prova e comprometer os resultados", afirma. 

A falta de organização também pode intensificar esse problema. "Estudantes desorganizados têm dificuldade para estruturar ideias, desenvolver raciocínios lógicos e articular pensamentos de forma coesa, o que resulta na perda de tempo, prazos e informações importantes", alerta o especialista.

Além disso, ele informa sobre os motivos mais recorrentes dos adiamentos: a disposição de mecanismos atrativos de distração, como jogos eletrônicos e redes sociais. "Isso resulta na substituição de tarefas importantes por atividades triviais que não agregam valor significativo, servindo como uma forma de evitar responsabilidades".

Estratégias para superar a procrastinação

Em 2004, Renato Alves lançou o livro Não Pergunte se Ele Estudou, no qual revela que a falta de interesse dos alunos pelos estudos está diretamente ligada à ausência de técnicas e métodos eficazes de aprendizado. A obra busca apresentar soluções para esse problema, oferecendo alternativas para estimular a motivação e o desempenho.

O primeiro passo para superar o hábito de procrastinar é avaliar se a estratégia de estudo adotada tem sido eficiente. "Uma maneira de medir isso, conforme abordado em meu programa de estudo e memorização, é através da própria memória: se, após o estudo, o conteúdo é facilmente retido e lembrado em diferentes momentos, significa que o aprendizado foi bem-sucedido", explica o profissional. 

Outro aspecto fundamental é a capacidade de explicar conteúdo estudado, servindo como indicativo de memorização. Alves recomenda o investimento de tempo em técnicas que aprimorem essa memorização e que permitam processar grandes volumes de informação com qualidade e em menos tempo.

Em seu livro O Cérebro com Foco e Disciplina, o pesquisador destaca a organização como um pilar importante nesse processo, demonstrando que indivíduos organizados tendem a ter uma memória mais eficaz. "Essas pessoas não costumam esquecer compromissos ou objetos, o que as torna mais ágeis e produtivas", afirma.

Além de boas estratégias de memorização, o uso de aplicativos e plataformas digitais pode auxiliar na organização dos estudos e servem de prevenção para os adiamentos estudantis. No entanto, Alves ressalta que, antes de utilizar ferramentas externas para esse fim, é necessário compreender que a organização também representa um valor moral. 

"Se uma pessoa deseja ser mais organizada, deve, antes de tudo, valorizar esse princípio. A organização é uma virtude essencial para que o indivíduo desenvolva uma mentalidade mais estruturada e consiga perceber o mundo, suas estratégias e seus estudos de forma mais ordenada. Isso contribuirá significativamente para o sucesso do aluno em sua preparação e rotina acadêmica", conclui.

Para mais informações, basta acessar: www.renatoalves.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade