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Lula tenta suspender prazo de substituição de chapa no STF

Ministra Rosa Weber negou pedido de adiamento da data limite, que é nesta terça-feira (11)

10 set 2018 - 04h08
(atualizado às 07h32)
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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou na madrugada desta segunda-feira (10) uma petição na qual pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja suspenso temporariamente o prazo para a substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa presidencial do PT, marcado para acabar nesta terça-feira (11), conforme determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
16/03/2018
REUTERS/Paulo Whitaker
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 16/03/2018 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Na noite do último domingo (9), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, negou um pedido similar formulado pela defesa do ex-presidente. Rosa, no entanto, decidiu encaminhar ao STF um recurso extraordinário apresentado pela defesa de Lula para derrubar a decisão da Corte Eleitoral, que no sábado retrasado (1) negou o registro do ex-presidente por considerar que o petista está enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Depois do revés no TSE, o PT pede agora ao STF que o prazo de substituição seja suspenso até que o caso de Lula seja apreciado pelo colegiado do Supremo - pelo plenário ou pela Segunda Turma -, respeitando o marco legal de 17 de setembro (data-limite fixada no calendário eleitoral para substituição de candidatos).

A sigla quer que a Suprema Corte dê a palavra final sobre o registro do ex-presidente. O novo pedido deverá ser apreciado pelo ministro Celso de Mello.

"O pedido (a súplica) é que Vossa Excelência apenas resguarde o direito de substituir pós-decisão colegiada - na turma ou no plenário. Na data que for possível a decisão colegiada - em sessão ordinária ou extraordinária", solicitam os advogados do PT.

"É imperiosa a concessão deste pedido de tutela de urgência, ou o direito perecerá, privando a Suprema Corte de enfrentar a questão constitucional reconhecida como relevante pela ministra Rosa Weber. Também Lula estará privado do legítimo direito de ver sua pretensão julgada em tempo efetivo; privando a população de ter a certeza, ou não, de que a candidatura deste requerente (desejada por mais de 40% da população) era, ou não viável", sustentam os defensores do ex-presidente.

Relógio

Na petição, a defesa de Lula aponta que "o relógio corre", mas até o momento não há qualquer sessão plenária do STF marcada antes da terça-feira. Os 11 ministros do Supremo realizam sessões às quartas e quintas-feiras.

"O recurso extraordinário interposto acabou de ser admitido e dificilmente chegará aqui antes do prazo final. O relógio corre. Por outro lado, até o presente momento não há qualquer sessão plenária convocada antes da própria terça-feira, data limite da substituição. Para além disso, mantido o prazo máximo de troca para o dia 11/09, o início da consulta aos partidos coligados deveria ocorrer ao menos no início da tarde de terça-feira, de sorte que também não seria possível ao candidato aguardar uma decisão já na noite de terça", alerta a defesa de Lula.

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