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Antes de morrer, mulher revelou medo de ser agredida pelo companheiro

Marcela Luise de Souza Ferreira não resistiu após dez dias de internação no hospital

30 mai 2024 - 11h58
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Marcela Luise de Souza Ferreira
Marcela Luise de Souza Ferreira
Foto: Redes sociais

A Polícia Civil de Goiás divulgou uma troca de mensagens entre Marcela Luise de Souza Ferreira e uma amiga, onde a mulher relatava o medo de ser agredida pelo companheiro. Marcela morreu de traumatismo craniano após ficar dez dias internada em um hospital de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana de Goiás. Ela chegou inconsciente acompanhada do marido, que alegou uma queda em casa.

Na conversa pelo WhatsApp, Marcela revelou que tinha medo de deixar a relação com o homem, identificado como Igor Porto Galvão, 32 anos, que é fisiculturista e mantinha uma relação de nove anos com a mulher.

“Medo de sair dessa relação. Medo dele me matar. Gosto muito dele, mas tenho medo”, escreveu Marcela Luise à uma amiga. Além disso, a mulher ressaltou que a sensação de insegurança era constante na relação dos dois e que isso a corroía por dentro.

Outra preocupação levantada pela vítima nas conversas era a possibilidade de perder a guarda filha de apenas cinco anos. Marcela repetiu o fato diversas vezes nas conversas por mensagem.

As informações passadas pela Polícia Civil dizem que, além do traumatismo, Marcela chegou ao hospital com oito costelas quebradas e outros ferimentos no corpo. Após o início das investigações, Igor foi indiciado por feminicídio.

Responsável pelo caso e atuante na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, a delegada Bruna Coelho afirmou que a polícia foi chamada inicialmente pelo hospital e que foram feitas perícias locais e visitas ao hospital. A delegada acredita que a mulher tenha sido agredida pelo namorado e só depois levada ao hospital.

“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, disse Bruna.

Outra informação trazida pela Polícia Civil é de que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica. Segundo sua própria tia, Marcela vivia uma rotina longe das redes sociais e sem compartilhar sua vida online. 

“Quando perguntaram (sobre o sumiço das redes), ela disse que precisava de foco, se concentrar mais e que [as redes sociais] tomavam muito o tempo dela. Mas a gente sabe que era uma forma dele controlar ela”.

Fonte: Redação Terra
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