Adolescentes produziam arma e planejavam massacre em colégio do Distrito Federal
Dois jovens de 17 anos propagava discursos de ódio contra mulheres, negros e gays, além de fazer apologia ao nazismo nas redes sociais
A tranquilidade de uma instituição de ensino no Distrito Federal foi abalada por uma descoberta alarmante que, por pouco, não se transformou em uma tragédia. Dois adolescentes de 17 anos, estudantes do segundo ano do ensino médio, foram pegos em flagrante após a coordenação da escola descobrir que eles planejavam um ataque brutal. A Polícia Civil foi acionada imediatamente, e as investigações revelaram um plano detalhado que incluía a fabricação de armas caseiras e a produção de conteúdo extremista na internet.
O caso trouxe à tona a crescente preocupação com a disseminação do discurso de ódio e a violência no ambiente escolar, reforçando a importância da vigilância e do diálogo.
Qual era o plano?
O plano macabro dos jovens foi desvendado graças a uma série de vídeos que eles mesmos produziram e publicaram em uma plataforma online. As fitas, gravadas entre o final de 2024 e o início de 2025, narravam os preparativos para o massacre, incluindo detalhes sobre as armas que eles estavam fabricando. As contas dos adolescentes nas redes sociais já haviam sido banidas por discursos de ódio, mas eles continuavam a propagar suas ideias em outras plataformas. A descoberta aconteceu quando uma jovem, que compreendeu o idioma usado nos vídeos, conseguiu baixar o material antes que a dupla o apagasse, e o enviou a pessoas próximas aos adolescentes, que alertaram a escola.
O que a polícia fez?
A Polícia Civil do Distrito Federal, em ação rápida, conseguiu frustrar o ataque, mostrando a importância do trabalho de inteligência e prevenção. A investigação revelou o nível de detalhe e organização dos jovens, que não apenas planejavam o massacre, mas também criavam um arsenal. O caso se soma a outros episódios recentes no Brasil, onde ameaças e ataques a escolas têm se tornado uma triste realidade. Em março de 2023, por exemplo, um adolescente de 14 anos também foi detido no DF após divulgar nas redes sociais que pretendia realizar um massacre em uma escola de Santa Maria. Em outro caso, em 2024, um adolescente esfaqueou alunos e uma monitora em uma escola em São Sebastião.
Esses incidentes ressaltam a necessidade de uma abordagem multifacetada para lidar com a violência escolar. A prevenção deve ir além da segurança física, focando também na saúde mental e no comportamento dos jovens. Famílias, escolas e a sociedade em geral precisam estar atentas aos sinais de alerta, como comportamentos agressivos, isolamento social e o consumo de conteúdo extremista na internet. O diálogo aberto e a busca por ajuda profissional, seja psicológica ou psiquiátrica, são passos cruciais para evitar que tragédias como essa se concretizem.