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Adolescente morre após procurar atendimento médico oito vezes em Canoas

Jovem de 16 anos sofreu infecção generalizada após apendicite não diagnosticada; Ministério Público vai apurar o caso

20 abr 2025 - 23h49
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A estudante Lívia Goulart Belmiro, de apenas 16 anos, faleceu após buscar atendimento médico por oito vezes em unidades de saúde de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O caso, marcado por possíveis falhas no diagnóstico, resultou em uma infecção generalizada causada por apendicite aguda.

Foto: Freepik / Porto Alegre 24 horas

Das oito tentativas de atendimento, sete ocorreram na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Liberty Dick Conter, conhecida como UPA Caçapava, e uma na Unidade Básica de Saúde Santo Operário. A jovem morreu no dia 9 de abril, seis dias após ser internada no Hospital Nossa Senhora das Graças, onde o diagnóstico correto foi finalmente feito por meio de uma tomografia.

Nas redes sociais, a mãe de Lívia, Jaqueline Goulart, desabafou sobre a dor da perda e a frustração com o sistema público de saúde. Em uma publicação feita em 11 de abril, ela declarou:

"Minha filha faleceu por negligência médica. Foram dias pavorosos. Como vou seguir agora?".

Ministério Público abre investigação

Na última quarta-feira (16), o vereador Ezequiel Vargas Rodrigues (PL) protocolou uma denúncia no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que agora apura o caso por meio da Promotoria Criminal de Canoas. O parlamentar também entregou à Comissão de Saúde da Câmara Municipal documentos fornecidos pela família, contendo datas, horários e descrições dos atendimentos recebidos pela jovem.

De acordo com os registros médicos acessados pela reportagem, Lívia foi atendida nos dias 12, 16, 19, 20, 21, 22, 27 e 31 de março. Em um dos atendimentos, em 19 de março, foram prescritos medicamentos comuns como dipirona e ibuprofeno, e, apenas no dia seguinte, ela foi submetida a uma ecografia do trato urinário. No final do mês, as queixas incluíam dores persistentes e vômitos há mais de três semanas.

A situação se agravou no início de abril, quando a adolescente conseguiu um leito hospitalar e passou por duas cirurgias. No entanto, seu quadro já era considerado grave, e ela não resistiu.

Prefeitura promete apuração

Em nota oficial divulgada neste sábado, a Prefeitura de Canoas afirmou que abrirá um processo de sindicância para investigar o ocorrido:

"A Prefeitura de Canoas lamenta profundamente o ocorrido e informa que será aberto um processo

de sindicância para averiguar os fatos, para que situações similares não se repitam."

Com informações: GZH

Porto Alegre 24 horas
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