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A inesperada descoberta sobre a 'torre dos crânios' dos astecas no México

Acreditava-se que crânios que começaram a ser escavados sob Cidade do México em 2015 seriam de guerreiros capturados em batalha e decapitados.

5 jul 2017 - 12h06
(atualizado às 14h03)
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torre de crânios
torre de crânios
Foto: BBC News Brasil

Ao longo dos últimos séculos, ela era conhecida no México, onde era passada de geração a geração: a história sobre uma "torre de crânios" que espalhava medo e pavor entre nos conquistadores espanhóis.

Relatos diziam que a estrutura era composta de milhares de cabeças de guerreiros decapitados.

Por 500 anos, os crânios ficaram intactos sob o solo daquela que um dia foi a capital asteca, Tenochtitlán, no local onde hoje fica a Cidade do México.

Até que, há dois anos, um grupo de arqueólogos descobriu os primeiros crânios - dando início à revelação de seus segredos.

torre de crânios
torre de crânios
Foto: BBC News Brasil

Uma das descobertas mais recentes surpreendeu os pesquisadores: os crânios eram de homens jovens, mas também de mulheres e crianças - o que obriga historiadores a repensar seus conhecimentos sobre o assunto.

"Nós estávamos esperando encontrar apenas homens, homens jovens, como soldados costumam ser. Você nunca vai imaginar mulheres e crianças indo para a guerra", afirmou à agência de notícias Reuters Rodrigo Bolanos, um dos antropólogos biológicos que participaram da pesquisa.

"Algo está acontecendo, algo sobre o que não temos nenhum registro. Isso é realmente novo, uma primeira descoberta."

crânios
crânios
Foto: BBC News Brasil

Até agora, arqueólogos encontraram 676 crânios em uma região perto da Catedral Metropolitana da Cidade do México, que foi construída sobre o Templo Mayor, um dos mais importantes templos astecas de que se teve conhecimento.

A base dela ainda precisa ser encontrada e acredita-se que ainda serão achados vários outros crânios.

torre de crânios
torre de crânios
Foto: BBC News Brasil

Para os pesquisadores, a estrutura teria sido uma grande prateleira de crânios chamada de Huey Tzompantli, de 60 metros de diâmetro, localizado no canto da capela de Huitzilopochtli, deus asteca do sol, da guerra e do sacrifício humano.

Os arqueólogos estão certos de que é uma das prateleiras, ou "tzompantli", descritas pela primeira vez pelo soldado Andres de Tapia, que acompanhou Hernan Cortes em 1521 na conquista do México.

crânios
crânios
Foto: BBC News Brasil

Prateleiras de crânios como essa eram comuns em culturas mesoamericanas antes da conquista espanhola. Os astecas e outros grupos realizavam sacrifícios humanos em oferenda ao Sol.

Cortes chegou a Veracruz, na costa leste do México, em 1519. Dois anos depois, aliando-se a outros grupos indígenas, os homens de Cortes conquistaram a capital asteca.

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