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Thalita Zampirolli diz que hoje pensaria antes de fazer cirurgia de redesignação sexual: "Medo das críticas"

A modelo, que fez a transição aos 18 anos, explicou que ela não se arrepende de ser mulher

11 jun 2024 - 13h37
(atualizado em 13/6/2024 às 14h35)
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Resumo
Thalita Zampirolli relembrou o momento em que fez a transição de gênero e defendeu Maya Massafera, influenciadora que sofreu ataques após revelar sua cirurgia de redesignação sexual. A modelo também falou sobre o preconceito da sociedade e a luta por direitos da comunidade trans.
Atualmente, Thalita Zampirolli mora em Boston, nos Estados Unidos
Atualmente, Thalita Zampirolli mora em Boston, nos Estados Unidos
Foto: Reprodução: Instagram/ThalitaZampirolli

A modelo e atriz Thalita Zampirolli, de 35 anos, relembrou quando fez a transição de gênero, aos 18 anos, e também defendeu Maya Massafera, influenciadora que recebeu ataques após revelar que fez cirurgia de redesignação sexual.

"Maya foi de uma coragem surreal. Quando fiz a minha transição eu tinha apenas 18 anos, a mídia não me conhecia e a internet não era o que é hoje. Então, eu fiquei livre de comentários maldosos, julgamentos, achismos, agressões verbais gratuitas. Não é fácil ver um monte de gente te apontando o dedo sem saber da sua real história", contou em conversa com o jornal O Globo.

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Hoje, Thalita pensaria duas vezes se faria a cirurgia de redesignação sexual. "Digo isso não porque me arrependo de ser mulher, mas pelo medo das críticas. Se as pessoas soubessem o quanto elas fazem mal às outras com comentários destrutivos, elas com certeza parariam", explicou.

"São julgamentos pesados que podem levar até ao suicídio. Eu fiz questão de enviar uma mensagem para Maya só para ela entender que não está sozinha, que esta luta é nossa", acrescentou.

Preconceito e direitos

A modelo ainda falou sobre o preconceito que a sociedade tem contra pessoas trans e reafirmou o direito da comunidade de ser tratada com respeito.

"Enquanto houver preconceitos, vamos sempre lutar para existir. Não é uma moda, tampouco uma tendência e, sim, uma luta para viver e ser tratado com igualdade e respeito. Enquanto a sociedade insistir em fingir que a gente não existe, seguiremos lutando pelos nossos direitos", disse ela.

Thalita, que atualmente mora em Boston, nos Estados Unidos, também refletiu sobre o processo de amadurecimento enquanto uma pessoa trans. "Hoje, me vejo sexualmente como uma mulher normal, bonita, realizada em todos os âmbitos da minha vida. Muito feliz! Mas sou daquelas que mata mais de um leão por dia para ser aceita em uma sociedade machista, preconceituosa e homofóbica. Este foi um dos motivos que me fez sair do Brasil e ir morar nos EUA."

"Sempre digo que sou um corpo político que sobrevive e que, mesmo fazendo 'barulho', ainda é respeitado. Sei o quanto representatividade importa, porque também me inspirei em outras mulheres trans. Eu aprendi a me posicionar de uma forma que as pessoas me respeitassem. Mas sei que ainda assim a falta de respeito pode ocorrer em algum momento, não estou imune", afirmou Thalita Zampirolli.

Fonte: Redação Nós
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