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Quatro mulheres despontam no audiovisual: quais seus sonhos para a próxima década?

Jovens periféricas iniciam carreiras e vislumbram futuros que transformarão suas trajetórias pessoais, familiares e comunitárias

9 set 2025 - 04h59
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Resumo
Quatro jovens mulheres de diferentes regiões do Brasil, com trajetórias marcadas pela superação, iniciam carreiras no audiovisual e compartilham sonhos de transformação de suas vida e das comunidades das quais são crias.
Cineasta indígena de Roraima, mulher trans, Lilith Cairú, 27 anos, descobriu sua vocação no audiovisual e já produziu 15 curtas.
Cineasta indígena de Roraima, mulher trans, Lilith Cairú, 27 anos, descobriu sua vocação no audiovisual e já produziu 15 curtas.
Foto: Divulgação

Uma atriz do interior do Rio Grande do Sul e uma cineasta de Roraima, ambas mulheres trans; uma jovem da periferia de Petrolina, em Pernambuco, e outra de Belo Horizonte: o que todas têm em comum é a paixão pelo audiovisual, as primeiras produções e premiações, e os projetos de vida para a próxima década.

Elas estão se inserindo no mercado audiovisual — uma área de atuação profissional ainda distante para quem vem da periferia. Mas as quatro jovens que você conhecerá a seguir já deram os primeiros passos na carreira e, ao que tudo indica, não vão mais parar.

Participantes do projeto Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes — o LABmais —, elas contaram um pouco sobre a vida e os sonhos. Guarde os nomes a seguir: elas ainda vão dar o que falar — ou melhor, o que ver, filmar, roteirizar, administrar, entre tantas outras possibilidades do audiovisual.

“Foi um sinal do universo”, diz atriz premiada

A gaúcha Mikaella Amaral, eleita a melhor atriz na Mostra de Curtas Gaúchos, do 53º Festival de Cinema de Gramado
A gaúcha Mikaella Amaral, eleita a melhor atriz na Mostra de Curtas Gaúchos, do 53º Festival de Cinema de Gramado
Foto: Divulgação

Mikaella Amaral, 26 anos, de Caxias do Sul (RS), foi eleita melhor atriz na Mostra de Curtas Gaúchos, do 53º Festival de Cinema de Gramado. Ela atuou em Bom Dia, Maika!, filme criado em colaboração com outros 16 colegas. “Esse filme mudou a minha vida”, diz.

“Tenho percebido, já há algum tempo, que por mais que eu planeje e trace objetivos, a vida sempre me surpreende. Mas sinto que essa conquista foi um sinal do universo, confirmando que estou no caminho certo. Pretendo investir ainda mais na minha carreira de atriz, com a esperança de que, daqui a dez anos, eu possa viver da arte da atuação — nos palcos do teatro e nas telas do cinema.”

Lilith Cairú, cineasta trans do povo Wapichana

Cineasta indígena de Roraima, Lilith Cairú sonha com um estado em que “uma trans não precise ter medo de sair na rua como tenho hoje”
Cineasta indígena de Roraima, Lilith Cairú sonha com um estado em que “uma trans não precise ter medo de sair na rua como tenho hoje”
Foto: Divulgação

Mulher trans e cineasta indígena de Roraima, Lilith Cairú, 27 anos, descobriu sua vocação no audiovisual aos 17. Ao longo da última década, produziu 15 curtas que abordam temas como homofobia, identidade indígena, violência e relações familiares. Sua trajetória inclui experiências como atriz, roteirista, editora e diretora de audiovisual.

“Daqui a dez anos, quero, pelo menos, ter roteirizado e dirigido dois longas-metragens. Muito provavelmente estarei morando em outro estado, mas quero voltar a Roraima para ensinar o que aprendi. Espero encontrar um estado diferente, mais receptivo — principalmente com as pessoas trans —, para que eu e qualquer outra pessoa trans não precisemos ter medo de sair na rua, como eu tenho hoje.”

Jovem da periferia de Petrolina quer estar “consolidada no audiovisual”

Cibelle Vieira, 21 anos, quer continuar “fortalecendo uma rede de profissionais comprometidos com um audiovisual diverso e representativo”.
Cibelle Vieira, 21 anos, quer continuar “fortalecendo uma rede de profissionais comprometidos com um audiovisual diverso e representativo”.
Foto: Divulgação

Cibelle Vieira, 21 anos, mora na periferia de Petrolina (PE). É a primeira da família a ingressar em uma universidade pública, viajar de avião e trabalhar com cultura — ou seja, “caminhar para algum lugar fora do previsível”, como define a jovem, que já participou de documentários e podcasts.

“Daqui a dez anos, me imagino consolidada no mercado do audiovisual, atuando principalmente em projetos que dialoguem com o território onde cresci e com a cultura nordestina.” Cibelle pretende trabalhar em coletivos, dirigindo, roteirizando e pesquisando — sobretudo porque, segundo ela, “há uma série de estereótipos arcaicos reproduzidos sobre a região, e que precisam ser questionados”.

Isabela quer evoluir no audiovisual e continuar trançando

A jovem mineira quer “dedicar mais atenção à parte administrativa, para que meu trabalho cresça ainda mais”.
A jovem mineira quer “dedicar mais atenção à parte administrativa, para que meu trabalho cresça ainda mais”.
Foto: Divulgação

Isabela Alves, 19 anos, mora na periferia de Belo Horizonte (MG). Participou da criação dos curtas-metragens Pobreza e Sobreviver. Além do cinema, sonha em conectar duas outras paixões: a cultura e a gestão — ela trabalha como trancista e quer administrar profissionalmente o negócio. Daqui a uma década, espera ter concluído a faculdade, entre outros sonhos.

“No audiovisual, quero ter experimentado bastante, descoberto novas possibilidades e entendido melhor o que me encanta. Acredito que goste muito da parte de performance, ou até de algo que envolva o corpo, e gostaria de estudar mais sobre isso.”

Ela também quer ministrar cursos de trancista — “nunca vou deixar de trançar” —, ajudar a família e comprar um carro.

Fonte: Visão do Corre
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