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Fê Garay define ponto do ouro em 2012: “cereja do bolo”

Ponteira foi responsável pelo ponto que garantiu o bi olímpico para seleção feminina de vôlei em Londres

31 ago 2022 - 12h21
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Depois do primeiro ouro em Pequim-2008, a expectativa para repetir a conquista nos Jogos de Londres era enorme. E a medalha dourada veio, mas com uma trajetória cheia de surpresas e desafios, como relembra Fernanda Garay neste segundo episódio da série especial do Papo de Mina em homenagem às mulheres brasileiras medalhistas em 2012.

10 anos depois, a ponteira - que se aposentou da seleção depois da Olimpíada de Tóquio, no ano passado, revisita a sua estreia nos Jogos Olímpicos e todos os momentos, desde colocar a credencial na Vila Olímpica até o ponto final, contra os Estados Unidos, que garantiu o bi para as comandadas de José Roberto Guimarães.

De novata ao ponto final, Fê Garay relembra ouro em Londres:

Um leão por dia

“Nossa trajetória foi com bastante pedreira pelo caminho, mais do que matando um leão por dia. Mas a primeira fase bastante complicada de alguma forma nos fortaleceu demais, e chegamos na final com atmosfera muito positiva”, descreve Fê Garay.

Antes da final, porém, o maior desafio do Brasil foi nas quartas de final. A partida contra a Rússia, vencida pelas brasileiras por 3 sets a 2, é lembrada ainda hoje como um dos maiores jogos de vôlei da história. Foram seis match points salvos pelo Brasil até a decisão por 21 a 19, com ponto de Fabiana, mas que começou com saque de Garay.

“Foi um jogo emocionante. Minha mãe disse que não conseguiu assistir nada, passou o tie break rezando”, brinca a ponteira. “Poucas pessoas lembram que a final foi contra os EUA”, acrescenta.

E a final, claro, também não foi fácil. O Brasil já havia perdido o Grand Prix para as norte-americanas, menos de dois meses antes da Olimpíada, e foi derrotado também na primeira fase em Londres, por 3 sets a 1. “Mas sabíamos que alguma hora a gente ia ganhar”, afirma a atleta.

No primeiro set, porém, parecia que a seleção brasileira não estava no jogo. 25 a 11 para os EUA. “Para ser bem fidedigna a nossa trajetória nos Jogos, fizemos um primeiro tempo péssimo, vem aquela superação e vencemos de 3 a 1”, conta.

Fê Garay comemora medalha olímpica com Adenízia
Fê Garay comemora medalha olímpica com Adenízia
Foto: Alaor Filho/COB

O vigésimo quinto ponto do quarto set da partida, que selou a conquista do bi-campeonato olímpico, veio das mãos da ponteira estreante em Olimpíadas, Fernanda Garay. “A cerejinha do bolo”, como ela gosta de descrever.

“Eu não fazia ideia, não tinha dimensão do que é fazer um último ponto numa Olimpíada. Eu fui descobrir depois. Na hora era o sentimento de 'ganhamos', nada mais importava. Aquilo foi uma cerejinha no bolo, que de alguma forma eterniza. Eu ‘tô’ ali, registrada naquela participação. É um simbolismo bastante importante”, conclui.

Adriana Araújo chora ao relembrar bronze no boxe em Londres:
Papo de Mina
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