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Bandeira LGBT: qual é a nova e quais foram as mudanças

Nos últimos tempos, a bandeira LGBT passou por algumas mudanças e incorporou novas identidades. Saiba mais!

30 dez 2025 - 04h59
(atualizado em 30/6/2025 às 17h26)
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Resumo
A nova bandeira LGBT conta com novas cores e símbolos para representar grupos historicamente marginalizados e reforçar a interseccionalidade no movimento.
Nova bandeira LGBTQIA+ inclui a gravura do orgulho intersexo, a paleta do orgulho trans e listras representando o antirracismo
Nova bandeira LGBTQIA+ inclui a gravura do orgulho intersexo, a paleta do orgulho trans e listras representando o antirracismo
Foto: Wikimedia Commons

Não há como falar em LGBTQIAPN+ sem falar sobre a bandeira do arco-íris, que é o símbolo mais reconhecido da comunidade em todo o mundo. Mais do que um conjunto de cores, a bandeira LGBT carrega um simbolismo desde sua criação nos anos 70, quando se transformou em uma ferramenta de visibilidade e empoderamento.

Ao longo dos anos, a bandeira foi evoluindo e ganhando novas cores e formatos, garantindo assim que todas as pessoas se sentissem representadas pelo movimento conhecido como “pride”, que em português significa orgulho.

Isso faz com que cada vez mais  fortaleça a diversidade dentro da própria comunidade, respeitando as identidades e vivências de cada pessoa. A nova bandeira LGBT carrega novas cores, representando pessoas trans, intersexo e a luta antirracista.

Conhecer a origem, mas também compreender as mudanças que são feitas nesse símbolo é fundamental para compreender a nossa sociedade como um todo. 

A origem da bandeira LGBT

A bandeira arco-íris foi criada por Gilbert Baker, artista e ativista norte-americano, em 1978. A ideia era conceber um símbolo que representasse o orgulho e a diversidade da comunidade LGBT, em contraposição aos sinais de opressão e violência que eram socialmente impostos às pessoas LGBTQIAPN+.

Com certeza a Revolta de Stonewall foi um marco político, que colocou essa luta em evidência e é responsável por todo esse orgulho que vemos estampado, tanto na bandeira, quanto nas ruas.

A primeira versão da bandeira

A primeira bandeira foi apresentada, pela primeira vez, durante a Parada do Orgulho de São Francisco. A bandeira original carregava oito cores e cada uma delas apresentava um significado específico:

  • Rosa: sexualidade
  • Vermelho: vida
  • Laranja: cura
  • Amarelo: luz do sol
  • Verde: natureza
  • Turquesa: magia e arte
  • Azul: serenidade e harmonia
  • Violeta: espírito

Essa combinação de cores rapidamente se tornou um símbolo unificador, despertando pertencimento na comunidade, que passou a levantar a bandeira colorida. Dessa forma, o símbolo ganhou uma proporção tão grande que não há como remeter a bandeira do arco-íris a outro grupo social.

A escolha do arco-íris foi proposital, é um fenômeno natural que representa a multiplicidade e universalidade. Mas, por questões logísticas mesmo, no ano seguinte, a cor rosa e turquesa foram retiradas da bandeira, pela dificuldade em encontrar tecidos para a produção.

O significado das cores atuais

Com essa modificação, a bandeira LGBT passou a ter seis cores, divididas em faixas horizontais:

  • Vermelho: representa a vida, o sangue e a energia vital.
  • Laranja: está associado à cura, ao cuidado físico e emocional.
  • Amarelo: simboliza o sol, a luz e a alegria.
  • Verde: remete à natureza, crescimento e renovação.
  • Azul: carrega o significado de serenidade e harmonia, com os outros e consigo mesmo.
  • Roxo (violeta): está ligado ao espírito, à força interior e à espiritualidade.

Nova bandeira LGBT: o que mudou?

Com o passar dos anos, novas discussões surgiram dentro da própria comunidade LGBTQIAPN+, especialmente em relação à representatividade de grupos historicamente marginalizados.

Por muito tempo, pessoas da comunidade envolvidas em outros movimentos, como pessoas negras, transexuais, PCDs e indígenas, por exemplo, denunciaram não se sentir representados dentro da comunidade e das discussões e ações promovidas por ela. Isso se dá, porque a experiência não é única. 

A proposta da nova bandeira parte do conceito de interseccionalidade, ou seja, compreende que não é possível falar de uma comunidade LGBTQIAPN+ ignorando todos os grupos que estão dentro da sigla. 

Foi assim que, em 2018, o designer norte-americano Daniel Quasar criou a Progress Pride Flag (ou Bandeira do Orgulho Progressista), que traz elementos adicionais ao design original, trazendo mais inclusão e visibilidade:

A inclusão do triângulo e das novas cores

A versão de Quasar adiciona um triângulo à esquerda da bandeira tradicional, contendo:

  • Preto e marrom: em representação a pessoas negras e racializadas da comunidade, cujas vozes e lutas foram silenciadas por muito tempo, inclusive dentro do movimento.
  • Azul, rosa e branco: as cores da bandeira transgênero, que representam pessoas trans e não binárias.
  • Amarelo com círculo roxo: inserido por ativistas intersexo para representar aquelas que não se encaixam nas definições tradicionais de sexo masculino ou feminino.

A importância simbólica da bandeira LGBT

Toda vez que um movimento social consegue eleger um símbolo representativo que toda vez que for usado ou visto será lembrado, é uma vitória. A bandeira LGBT se tornou mais do que um símbolo visual, é um instrumento de afirmação de identidade, de resistência política e de reivindicação de direitos.

Isso se tornou global, ao redor do mundo, pessoas LGBTQIAPN+ utilizam essa simbologia como uma forma de se organizar politicamente. 

Para além da comunidade, a bandeira, hoje em dia, é vista em eventos, campanhas publicitárias de marcas que se colocam como aliadas da causa, decoração de espaços públicos, culturais e institucionais, além de, é claro, tomar as redes sociais, principalmente durante o mês do orgulho.

Em muitos países, levantar essa bandeira ainda é símbolo de violência e opressão, principalmente nos que ainda criminalizam a diversidade. Mas ao fazer, pessoas ao redor do mundo mostram a sua coragem em ser quem são de verdade.

Outras bandeiras da diversidade

A comunidade LGBTQIAPN+ não é homogênea e isso se reflete também nos símbolos que representam suas diferentes identidades. Compreender as diferenças e principalmente, incorporá-las no dia a dia, se faz necessário para garantir que todas as pessoas sejam respeitadas, independentemente do seu gênero ou sexualidade.

A bandeira LGBT não é a única dentro do movimento, por mais que tenha se tornado a mais conhecida. Listamos algumas das bandeiras que também fazem parte da comunidade e que precisam ser reconhecidas:

Bandeira trans

Criada por Monica Helms, uma mulher trans norte-americana, foi vista pela primeira vez na Parada do Orgulho de Phoenix, em 2020.

A ideia desse símbolo é representar toda a comunidade transgênero, a partir da escolha das seguintes cores e significados:

  • Azul: cor tradicional usada para representar os homens trans
  • Rosa: cor usada para representar as mulheres trans
  • Branco: cor para representar pessoas não binárias.

Bandeira bissexual

Projetada por Michael Page em 1998, a bandeira tem a intenção de demonstrar o sentido de “mistura”. A ideia é mostrar que pessoas bissexuais podem ter atração pelo mesmo gênero e também pelo gênero oposto.

O significado das cores dessa bandeira representa:

  • Rosa: representa a atração afetivo/sexual ao mesmo gênero (gay e lésbico); 
  • Azul:  representa a atração afetivo/sexual ao gênero oposto (indivíduo heterossexual); 
  • Roxa: a atração afetivo/sexual a ambos os gêneros (bissexuais).

Bandeira lésbica

Já a bandeira do orgulho lésbico apresenta diversos tons de rosa, além do laranja e vermelho e uma faixa branca. A ideia é representar as diferentes formas de ser uma mulher lésbica na sociedade, incorporando com significados como feminilidade, amor, comunidade e independência.

  • Roxo: feminilidade; 
  • Roxo claro: amor; 
  • Lilás: paz e serenidade; 
  • Branco : mulheres trans lésbicas;
  • Rosa: comunidade; 
  • Salmão:  independência; 
  • Magenta: representando as lésbicas que não performam feminilidade

Bandeira intersexo

Essa bandeira foi criada em 2013, pela Organização Internacional Intersexo, na Austrália. A ideia é representar a individualidade das pessoas intersexo, que nascem com características sexuais de ambos os gêneros, o que faz com que não se encaixem na binariedade. 

A representação dessa bandeira é feita com um fundo amarelo e um círculo roxo, a escolha foi feita para representar:

  • Amarelo: neutralidade de gênero
  • Círculo roxo: simboliza a totalidade

Bandeira assexual

Outra bandeira muito utilizada dentro da comunidade LGBTQIAPN+ é a que representa as pessoas assexuais. Criada em 2010 para trazer mais representatividade e visibilidade para as pessoas que compartilham dessa vivência.

Cada uma das suas cores carrega um significado:

  • Preto: representa a assexualidade
  • Branco: os aliados e parceiros 
  • Roxo: a comunidade.

Ao longo da história, o uso de bandeiras sempre foi uma forma poderosa de se organizar politicamente, mas também, de fazer com que as pessoas busquem saber do que cada uma se trata, trazendo mais informação para a sociedade como um todo.

A bandeira LGBT, em suas diferentes versões, continua sendo um dos símbolos mais potentes da luta por visibilidade, respeito e igualdade de toda a comunidade. Ela tem evoluído junto com as vivências de cada pessoa, reafirmando identidades e garantindo que todas as pessoas se sintam representadas.  

Se você quer se aprofundar ainda mais nesse e em outros assuntos sobre diversidade, continue acompanhando a editoria Nós do Terra. 

Fonte: Redação Terra
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