Há 40 anos, a BMW tentou revolucionar o mercado com esta moto esportiva; foi um fracasso, mas ela hoje vale uma fortuna
Com 16 válvulas e ABS, a BMW K1 era avançada e chamativa, mas pesada e cara: fracasso na época, peça de culto hoje
Queriam uma RR "made in Baviera" e acabaram criando um laboratório sobre rodas. Carenagem completa, 16 válvulas, ABS opcional e Paralever. O resultado foi tão avançado quanto polêmico. Na loja, fria; em leilões, quente. É a BMW que morreu pelo fracasso.
No final dos anos 1980, a BMW decidiu que também podia entrar no segmento das esportivas. A base foi a família K: quatro cilindros em linha longitudinal deitados, injeção Bosch Motronic e muitas horas de túnel de vento. Em 1988, a K1 estreou na Alemanha com uma mensagem clara: menos cavalos de potência e mais eficiência aerodinâmica. Spoiler: erro.
A Baviera fez tudo em grande escala: carenagem completa que cobria metade do motor, cauda volumosa com espaço para malas integradas e combinações de cores impossíveis. Atenção a isso: coeficiente aerodinâmico declarado de 0,34, recorde para a época. Dimensões de carro: 2.230 mm de comprimento, 1.565 mm de entre-eixos. Peso generoso: 234 kg a seco (quase 260 kg com líquidos, lembrando, anos 1980). Estabilidade, total; agilidade, na medida certa.
Sob o plástico, um motor de 987 cc, 4 cilindros, DOHC e 16 válvulas: cerca de 100 CV a 8.000 rpm e 10,2 kgf·m a 6.750 rpm. Paralever com duplo cardã para domar as reações, freios Brembo com ABS opcional quando quase ninguém o utilizava, suspensão dianteira Marzocchi com amortecedor de direção e pneus radiais 120/70 ZR17 na frente e 160/60 ZR18 atrás. Velocidade máxima oficial: até 240 km/h agachado. Repetimos: anos 1980.
Em movimento, era...
Matérias relacionadas
A China se tornou o parque de diversões perfeito para veículos que flutuam na água