Toyota Hilux híbrida já chegou à Argentina e virá ao Brasil
Aparição da Toyota Hilux híbrida em aeroporto argentino desperta chance de possível produção local; picape média tem sistema MHEV de 48V
Até a picape média mais vendida do Brasil precisa se reinventar para não cair no ostracismo. Na última semana, a Hilux com sistema de propulsão híbrida foi flagrada no aeroporto internacional de Buenos Aires (Argentina).
A princípio, trata-se de uma evidência de que a marca japonesa vai lançar a versão híbrida leve (MHEV) do modelo no mercado local. A produção aconteceria em Zárate.
Basicamente, o modelo usaria o mesmo motor 2.8 turbodiesel das opções a combustão. Teria, portanto, um pequeno gerador elétrico que também serviria como alternador e motor de arranque, mas que não poderia mover as rodas em nenhum momento.
Com 16 cv e 6,6 kgfm de torque, a unidade - responsável por carregar uma bateria auxiliar com capacidade de 4,3 ampère hora (Ah) e 7,6 kg - daria uma ajudinha momentânea, e elevaria os números de potência e torque em condições específicas, como ultrapassagens, por exemplo.
Dados e desempenho
De acordo com a ficha técnica, a Hilux híbrida-leve (MHEV) gera 204 cv de potência e 51 kgfm de torque. De 0 a 100 km/h, gasta 10,7 segundos. E a velocidade final é de 175 km/h. A picape, que aproveita a energia desperdiçada durante frenagens, tem tração 4x4 e câmbio automático de seis marchas.
Uma vez lançada no país vizinho, a Hilux híbrida não demoraria a aterrissar no Brasil. A estimativa, no entanto, é que o sistema MHEV chegue ao país só na próxima geração da Hilux, no ano que vem.
Cabe pontuar que, recentemente, o jornal japonês Nikkei divulgou que a Argentina fabricará a nova Hilux EV (100% elétrica). Ao Motor1, o presidente da Toyota Argentina, Gustavo Salinas, não confirmou a notícia do periódico asiático, mas deixou claro que "a eletrificação também vai chegar ao mundo das picapes", mesmo sem especificar datas de lançamento.