Teste: veja como anda o novo Citroën C3

19 ago 2012 - 10h17

Karina Craveiro: Direto de Brasília

A Citroën quer se valer do design atualizado para emplacar 3.500 unidades por mês da nova geração do C3 e manter o bom desempenho do modelo, presente no mercado nacional há 10 anos.

Produzido na planta da PSA Peugeot Citroën em Porto Real, região sul do Rio de Janeiro, o hatch premium tentará se garantir ainda na fidelização de seus clientes, apontada em 40% de acordo com a marca. Em Brasília, o dia ensolarado, com céu azul, serviu para colocar mais em evidência um dos grandes atrativos do modelo, o para-brisas alongado, nomeado Zenith, disponível nas versões intermediária e topo de linha, chamadas Tendance e Exclusive, respectivamente. Juntas, as duas devem responder por cerca de 70% do total de vendas do modelo, que concorre com Chevrolet Sonic hatch, Ford New Fiesta hatch, Fiat Punto e Volkswagen Polo hatch.

A bordo da versão intermediária Tendance, equipada com motor 1.5 l de 89/93 cavalos de potência, o modelo partiu em um percurso de cerca de 25 km, onde não havia trechos sinuosos ou asfalto em desnível. Além disso, a velocidade era controlada e limitada a 80 km/h. Nessas condições, a suspensão se mostrou confortável e o motor respondia bem às retomadas, ultrapassagem, e arrancadas. Mas nada muito emocionante. O câmbio parece estar mais bem escalonado que o da geração anterior, com encaixes precisos e que respondem de imediato ao restante do conjunto mecânico.

No interior do modelo, a sensação de amplitude é sentida graças ao para-brisas Zenith, que cresceu 35 cm. Com o sol à pino, o motorista pode escolher voltar com a forração do teto puxando uma alça acima da cabeça. Por fora, o visual do C3 continua o mesmo, e não é necessário aguentar todo o calor do sol. Ainda no habitáculo o modelo da Citroën peca pela falta de um acabamento mais caprichado - pelo menos na versão testada. Há rebarbas aparentes nas colunas e na emenda de forração do teto. Outra falha é a falta de um ajuste no cinto de segurança, o que é incomum para um veículo com ajustes de altura e profundidade no volante. De resto, o C3 é bem funcional. Tem um número bom de porta-trecos, um porta-luvas com grande espaço e porta-revistas atrás dos bancos dianteiros. Os passageiros que ocupam o banco traseiro têm espaço suficientemente bons para pernas e cabeças. De série, a Tendance é equipada com freios ABS, controle eletrônico de estabilidade, airbags duplos frontais, direção elétrica, ar-condicionado, trio elétrico e rádio com CD Player e entrada USB. Tudo sai por R$ 43.990.

O projeto do C3 demorou cerca de 2 anos para ficar completamente pronto, um investimento de R$ 400 milhões. Com o novo hatch, a Citroën quer terminar o ano com 82 mil unidades vendidas.