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Avaliação: Chevrolet Tracker RS 2026 ficou mais barato e traz interior polêmico

Versão topo de linha do Tracker ficou quase R$ 15 mil mais barata e agora custa menos que quase todos os concorrentes diretos

12 out 2025 - 11h29
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O Chevrolet Tracker carecia tanto de melhorias quanto o Onix, compacto que lhe cede plataforma e base mecânica. E em agosto passado as mudanças vieram, com visual repaginado e interior remoçado, com direito a painel digital e tela multimídia maior. Tudo para seguir a briga carro a carro com o Hyundai Creta pela quarta posição no ranking de SUVs compactos mais vendidos. Agora, a GM reduziu os preços de todas as versões, algo que beneficiou muito principalmente as versões mais caras, que já encostavam nos R$ 200 mil.

Chevrolet Tracker RS
Chevrolet Tracker RS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Agora, a versão topo de linha RS, que custava R$ 190.590, caiu para mais razoáveis R$ 175.990, ficando mais em conta que vários concorrentes diretos, incluindo o líder do segmento Volkswagen T-Cross. O SUV da VW custa em sua versão topo de linha R$ 196.990, preço próximo de um Nissan Kicks Platinum, oferecido a R$ 199.000. O Honda HR-V Touring é o mais caro do quarteto, a R$ 209.900.

Chevrolet Tracker RS
Chevrolet Tracker RS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Lista enxuta

O Tracker RS tem uma lista interessante de itens de série, com teto solar panorâmico, bancos de couro, ar-condicionado automático e sistema de estacionamento automático. Mas deixa de fora itens presentes em todos os concorrentes no quesito segurança ativa. O Tracker tem apenas alerta de colisão iminente, que pisca uma luz vermelha na altura dos olhos do motorista quando detecta desaceleração repentina à frente, e monitor de pontos cegos.

A mudança que trouxe um desenho mais moderno ao SUV ainda deixou de fora controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, monitores de faixa de rolamento e assistente de saída de vaga. Esses itens todos estão presentes em todas as versões de T-Cross, Kicks e HR-V.

Pelo menos a cabine melhorou bastante com as duas novas telas. Poderia ter ficado ainda melhor se elas tivessem melhor usabilidade. A que serve aos instrumentos é pouco configurável e pode mostrar ou conta-giros e velocímetro, junto com informações do hodômetro e um contador da distância em segundos do carro da frente, ou a seção central pode ser dominada por algum quadro do computador de bordo, selecionada pelo motorista. É possível deixar em destaque o consumo, pressão dos pneus e até voltagem da bateria. Mas neste caso, perde-se a visão do conta-giros.

A tela do multimídia, de 11?, é ampla, e melhorou muito a vida de quem vai conectar CarPlay ou Android Auto, que funcionam sem fio.

Motor conhecido

Sob o capô, o Tracker RS traz o já conhecido motor 1.2 turbo de três cilindros, agora com 141 cv de potência e 22,9 kgfm de torque. A potência subiu recentemente após melhorias como a adoção de injeção direta de combustível. O câmbio é sempre automático de seis marchas com opção de trocas manuais por um botão na alavanca.

Chevrolet Tracker RS
Chevrolet Tracker RS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Para a linha 2026, a versão RS ganhou uma controversa padronagem dos bancos de couro que mistura vermelho e preto, independentemente da cor do carro. Tanto que a GM já está trabalhando numa opção mais conservadora para quem não quiser um interior tão chamativo. Os bancos têm o centro dos assentos e encosto pretos, mas as abas vermelho vivo, cor que também está no revestimento das portas.

Chevrolet Tracker RS
Chevrolet Tracker RS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

O SUV é espaçoso, embora o entre-eixos seja de 2,57 metros. Menor do que os 2,65 metros de T-Cross e Kicks e 2,61 metros de HR-V. A cabine é ampla, com espaço para quatro adultos viajarem com relativo conforto. Um quinto ocupante, no entanto irá sentir aperto no meio do banco traseiro. O porta-malas leva 393 litros segundo a GM, sendo maior apenas que o do Honda HR-V, que leva parcos 354 litros, pouco mais do que um VW Polo (300 litros).

Chevrolet Tracker RS
Chevrolet Tracker RS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

O 1.2 é valente, mas não faz milagre. O Tracker é esperto e consegue se virar bem na cidade, mas quem roda muito em trechos rodoviários vai sentir falta de mais fôlego em retomadas em velocidades mais elevadas.

O torque máximo aparece a 2.500 rotações e até se mantém constante até os 4 mil giros, mas se o carro estiver carregado, vai pedir algum planejamento em ultrapassagens em vias de mão dupla ou subidas de serra, por exemplo.

Chevrolet Tracker RS
Chevrolet Tracker RS
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Na verdade, quem deixa o conjunto com um comportamento um tanto plácido é o câmbio, com relações longas, priorizando o consumo e o conforto. O Tracker não chega a ser um carro lento, mas há concorrentes mais espertos, como o Hyundai Creta Ultimate e seus 193 cv.

Prós

Tracker é espaçoso, mesmo tendo as medidas mais comedidas entre os SUVs da categoria. Nova tela de 11? melhorou muito a usabilidade de sistemas como CarPlay e Android Auto.

Contra

Desempenho do 1.2 ainda fica aquém da concorrência, prejudicado pelo câmbio com respostas lentas. As trocas pelo botão do lado da alavanca pouco ajudam.

Ficha técnica

Chevrolet Tracker RS 1.2 Turbo

  • Motor: dianteiro, gasolina, 3 cil, flex.
  • Câmbio: automático, 6 marchas
  • Potência: 141 (E)/139 (G) cv a 5.000 rpm
  • Torque: 22,9 (E)/22,4(G) mkgf de 2.500 a 4.000 rpm
  • Comprimento: 4,30 m
  • Largura: 1,79 m
  • Altura: 1,62 m
  • Distância Entre-Eixos: 2,57 m
  • Porta-malas: 393 litros
  • Aceleração 0-100 km/h: 9,7 segundos
  • Velocidade máxima: 190 km/h
  • Preço sugerido: R$ 175.990

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Estadão
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