Audi bate o martelo e diz que vai manter motores a combustão
Montadora de Ingolstadt é mais uma a revisar seus planos de eletrificação total, também postergados
Em 23 de junho de 2021, a Audi anunciou que deixaria de lançar novos modelos a gasolina a partir de 2026 e encerraria a produção de veículos exclusivamente a combustão até 2033.
A meta era tornar a marca totalmente elétrica em todos os mercados, com exceção da China, onde a demanda por motores térmicos poderia manter esse tipo de veículo em produção por mais tempo.
No entanto, esse plano mudou. Em entrevista à Autocar, o CEO Gernot Döllner afirmou que "é provável que a Audi continue produzindo carros a gasolina até 2035, possivelmente indo além".
Ele explicou que os próximos lançamentos darão à empresa a flexibilidade para manter os motores a combustão por "mais sete, oito, talvez 10 anos". Segundo ele, a marca "vai observar como os mercados evoluem".
"Já decidimos estender a produção além das datas anteriormente anunciadas", revelou.
Mudança ocorre após saída de CEO
Resta saber como a Audi lidará com a possível proibição de carros a combustão na União Europeia a partir de 2035. A empresa pode optar por encerrar esses modelos na região ou mantê-los para mercados com regras mais flexíveis.
A Mercedes-Benz, que também havia planejado se tornar totalmente elétrica em alguns mercados até 2030, já recuou. A BMW, por sua vez, nunca estabeleceu um prazo e segue defendendo a escolha do consumidor e apontando falhas na infraestrutura de recarga.
Com isso, mesmo diante do avanço da eletrificação, Audi e suas concorrentes admitem que a transição será mais longa do que se imaginava.