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Virtua Fighter 5 Revo World Stage é a versão definitiva do clássico da Sega

Nova versão do game mantém o espírito do jogo original e prova que o legado da série ainda tem espaço no cenário atual

30 out 2025 - 09h59
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Virtua Fighter 5 Revo World Stage é a versão definitiva do clássico da Sega
Virtua Fighter 5 Revo World Stage é a versão definitiva do clássico da Sega
Foto: Reprodução / Sega

Poucas franquias de luta têm o peso e a longevidade de Virtua Fighter. Lançado originalmente nos anos 90, o jogo da Sega ajudou a moldar o gênero 3D de combate e serviu de base para diversos títulos que vieram depois. Mesmo sem a mesma presença constante de rivais como Tekken e Dead or Alive, a série sempre manteve um público fiel, que até hoje enxerga nela um exemplo de técnica e precisão.

Com Virtua Fighter 5 Revo World Stage, a franquia retorna em uma nova roupagem que busca reforçar sua identidade clássica enquanto se adapta aos tempos atuais. A essência segue intacta, com aquele ritmo cadenciado e combates que priorizam habilidade e leitura de movimento, mostrando que o pioneirismo da Sega ainda tem muito a ensinar para o gênero.

Novos eixos da franquia

Já fazia um bom tempo que eu não jogava Virtua Fighter. O último que peguei para jogar de forma séria foi o quarto título, lá em 2001, no PlayStation 2. Até cheguei a brincar um pouco com o quinto, principalmente devido ao minigame presente nos arcades da franquia Yakuza. Foi lá, inclusive, que conheci o El Blaze, um dos personagens que mais me chamou atenção na época.

Agora com Virtua Fighter 5 Revo, o El Blaze continua sendo um dos meus favoritos, muito por conta dos movimentos inspirados na lucha libre. O elenco como um todo está bem diversificado, cada personagem com um estilo próprio de luta, o que dá liberdade para o jogador escolher quem se encaixa melhor com sua forma de jogar. Esse equilíbrio entre variedade e identidade sempre foi um dos pontos fortes da série, e continua firme aqui. 

O combate segue o padrão clássico da franquia, com lutas em arenas tridimensionais e a famosa regra de que, se o oponente for jogado para fora do ringue, a vitória é sua. Há também um modo de treino bem completo, que explica direitinho cada comando, o que ajuda bastante para quem está voltando agora e precisa relembrar os golpes básicos, como soco forte, chute fraco e afins.

A variedade de cenários é bem diversificada, já que as lutas acontecem em diferentes partes do mundo
A variedade de cenários é bem diversificada, já que as lutas acontecem em diferentes partes do mundo
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Nos modos de jogo, o destaque é o modo arcade, que mantém a estrutura tradicional, com um chefe no final e, em alguns casos, uma luta extra contra a Dural, que dessa vez virou uma personagem jogável. Apesar disso, ainda acho que o modo poderia ser mais completo. Terminar o arcade e ver apenas os créditos subindo tira um pouco da graça, especialmente hoje em dia, quando a maioria dos jogos de luta traz algum tipo de desfecho ou contexto narrativo.

Quem prefere jogar online vai encontrar uma boa experiência aqui. Virtua Fighter 5 Revo conta com crossplay entre todas as plataformas e rollback netcode, garantindo partidas bem estáveis e sem atrasos perceptíveis. É possível disputar tanto em partidas ranqueadas quanto em salas comuns, além de participar de torneios abertos que dão um toque competitivo extra.

Melhor lutador mundial

Os torneios do World Stage são bem divertidos de disputar
Os torneios do World Stage são bem divertidos de disputar
Foto: Reprodução / Matheus Santana

A grande novidade dessa nova entrada da franquia é o modo World Stage. No papel, ele até lembra o modo online, mas é totalmente voltado para quem quer jogar de forma mais tranquila, sem o estresse de enfrentar alguém do outro lado do planeta. Aqui, o jogador encara a máquina, que simula outros jogadores, inclusive alguns bem conhecidos da comunidade.

O legal é que o modo mantém a sensação de progressão das ranqueadas. Conforme você vence, o ranking sobe da mesma forma, mas sem a pressão de um duelo real. Ele me lembrou bastante as torres de desafio de outras franquias de luta clássicas. Cada cabine traz uma sequência de combates, e a primeira, por exemplo, tem 50 oponentes. Mas não é preciso derrotar todos para chegar ao chefe. Cumprindo certas condições, como alcançar um nível específico, já é possível avançar até ele. Outro detalhe bacana é que a dificuldade muda de cabine para cabine, deixando tudo mais dinâmico.

Dentro desse modo também dá para liberar novos visuais completando desafios, e o melhor é que tudo pode ser visualizado antes, sem precisar desbloquear às cegas. Além das cabines principais, há o Side Tournament, um campeonato simulado com direito a quartas, semifinais e final, como se fosse um grande torneio online.

O modo World Stage chega a simular até mesmo os nomes dos adversários
O modo World Stage chega a simular até mesmo os nomes dos adversários
Foto: Reprodução / Matheus Santana

De longe, o World Stage é uma das melhores adições recentes aos jogos de luta. Ele entrega a sensação competitiva de um modo online, mas sem a frustração das partidas ranqueadas, sendo perfeito para quem quer se divertir sem perder o clima de competição.

Mesmo com um elenco relativamente pequeno, com 19 personagens, o jogo consegue manter a variedade. As lutas raramente passam a sensação de repetição, muito por conta do sistema de personalização, que muda visuais e estilos com frequência. Em algumas partidas cheguei a enfrentar personagens usando roupas inspiradas em Yakuza e Tekken, o que deu ainda mais charme às batalhas.

Visualmente, o jogo entrega algo funcional, mas sem grandes destaques. Dá para notar que ele vem de duas gerações atrás, embora alguns cenários ainda chamem atenção, como o que tem uma aurora boreal no fundo ou aquele cheio de letreiros iluminados no meio da cidade. 

O que me incomodou mais foi o áudio, que soa abafado, principalmente quando jogado com fones. As vozes, os sons dos golpes e até os efeitos de impacto parecem mal equilibrados, o que deixa a experiência um pouco datada. Outro detalhe é que, mesmo com a localização em português, os personagens que falam outros idiomas não têm legendas, o que faz perder parte da ambientação e do charme das lutas.

Considerações

Virtua Fighter 5 Revo World Stage - Nota 8,5
Virtua Fighter 5 Revo World Stage - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Virtua Fighter 5 Revo World Stage não é uma reinvenção e nem precisa ser. Ele mantém o equilíbrio entre simplicidade e profundidade que sempre definiu a série, com novos modos e um foco maior em acessibilidade sem perder o toque técnico. O modo World Stage é uma das adições mais inteligentes em tempos, oferecendo uma alternativa relaxada para quem não quer testar o online competitivo, enquanto o crossplay e o rollback garantem fluidez nas partidas.

Ainda que o áudio e o visual denunciem a idade da base original, o pacote final é sólido e satisfatório, um verdadeiro presente para quem sente falta de quando os jogos de luta apostavam mais na essência do combate do que em firulas visuais. 

Virtua Fighter 5 Revo World Stage chega em 30 de outubro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series. Uma versão de Switch 2 está confirmada, mas ainda não tem data de lançamento.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sega.

Fonte: Game On
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