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Ninja Gaiden: Ragebound resgata o espírito clássico da série com maestria

Com pixel art de tirar o fôlego e combate preciso, o jogo homenageia o passado enquanto mira no futuro da série

1 ago 2025 - 12h11
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Ninja Gaiden: Ragebound resgata o espírito clássico da série com maestria
Ninja Gaiden: Ragebound resgata o espírito clássico da série com maestria
Foto: Reprodução/Dotemu

2025 definitivamente está sendo o “Ano do Ninja” nos videogames. Após o aclamado remake de Ninja Gaiden II ter surpreendido os fãs há poucos meses, ainda temos pela frente o retorno épico de Joe Musashi em Shinobi: Art of Vengeance e uma nova jornada com Ryu Hayabusa em Ninja Gaiden 4. Mas agora, os holofotes se voltam para Ninja Gaiden: Ragebound, um título que mira direto no coração dos saudosistas - e acerta em cheio.

Desenvolvido pelo estúdio espanhol The Game Kitchen (responsável por Blasphemous) e publicado pela Dotemu, Ragebound é uma ousada reimaginação em 2D da saga Ninja Gaiden. Inspirado diretamente na icônica trilogia do Nintendinho dos anos 80, o jogo aposta em rolagem lateral, combate frenético e pixel art caprichada para seduzir uma nova geração - e tudo isso sem esquecer de reverenciar o passado.

Confira a seguir aqui no Game On o que esperar desse renascimento 2D para uma nova geração.

Uma nova lenda ninja começa

A história de Ragebound se passa logo após os eventos iniciais do Ninja Gaiden original do Nintendinho. O mundo se vê à beira do abismo quando o véu entre os reinos humano e demoníaco se desfaz. Com Ryu Hayabusa ausente em sua busca por vingança, cabe a Kenji Mozu, um jovem guerreiro da Vila Hayabusa, assumir a missão de conter as forças do mal.

Kenji, no entanto, não estará só: ele forma uma improvável aliança com Kumori, uma kunoichi do clã rival Aranha Negra. Juntos, eles precisarão deixar de lado a rivalidade ancestral para enfrentar ameaças sobrenaturais - tudo isso em uma narrativa contada por belas cutscenes em estilo retrô, que pontuam a ação entre as fases.

E para quem sentir falta de Ryu, pode ficar tranquilo: ele aparece no jogo, ainda que não como protagonista. A dupla principal, carismática e bem escrita, se sustenta por mérito próprio e deve continuar aparecendo em futuras histórias da franquia.

Confrontos em pixel art

Ragebound conta com gráficos e visuais espetaculares em pixel art
Ragebound conta com gráficos e visuais espetaculares em pixel art
Foto: Reprodução

Se tem algo que Ragebound faz com excelência, é impressionar visualmente. A pixel art é simplesmente deslumbrante, com animações fluídas e cenários repletos de detalhes. O traço grotesco e estilizado que consagrou Blasphemous foi bem adaptado nos  monstrengos aqui, resultando em inimigos ameaçadores e ambientes imersivos, mesmo que mais contidos em comparação à obra anterior do estúdio.

As cores vibrantes e os efeitos visuais acompanham a velocidade da ação, tornando cada batalha um espetáculo para os olhos. É um jogo que exala nostalgia, especialmente para quem cresceu nos tempos de PS1 e PS2, mas com a qualidade e refinamento técnico de um título moderno.

A trilha sonora também é um espetáculo à parte. Com composições de Sergio de Prado, além da participação ilustre de Keiji Yamagishi, Ryuichi Niita e Kaori Nakabai - os músicos por trás das trilhas do Ninja Gaiden original -, o som de Ragebound mistura batidas eletrônicas intensas com melodias retrô, mantendo o ritmo do jogo elevado o tempo todo, com um resultado simplesmente fantástico.

Agilidade mortal: jogabilidade precisa e frenética

Ragebound é um jogo de plataforma rápido e furioso, que incentiva os jogadores a se moverem sem interrupções pela fase
Ragebound é um jogo de plataforma rápido e furioso, que incentiva os jogadores a se moverem sem interrupções pela fase
Foto: Reprodução

A ação em Ragebound é rápida, fluida e implacável. O foco está no movimento constante: saltar sobre abismos, derrotar inimigos em sequência e manter o combo vivo. Tanto Kenji quanto Kumori respondem aos comandos com precisão cirúrgica, o que permite executar manobras ágeis e criativas com naturalidade.

O sistema de Hipercarga adiciona uma camada estratégica ao combate: ao derrotar inimigos brilhantes, o jogador pode executar um golpe fatal no próximo oponente - inclusive os mais difíceis. Essa mecânica cria um ritmo contínuo e empolgante, uma dança que incentiva o jogador a traçar rotas mais agressivas e fluidas pelos cenários - é uma enorme satisfação quando você  faz um combo de 10 ou mais mortes seguidas, enquanto corre sem parar pelo cenário.

O jogo também valoriza a improvisação. Um exemplo: ver um inimigo gigante com escudo e usar uma kunai para acertar um inimigo menor e liberar a Hipercarga necessária para derrubar o grandalhão num só golpe. É esse tipo de design inteligente que faz a jogabilidade de Ragebound se destacar, e que torna uma verdadeira fantasia ninja ser realizada aos seus comandos.

Embora a mecânica da Hipercarga favoreça uma jogabilidade fluida e precisa, o jogo não exige perfeição constante. Errar o tempo de um golpe ou ignorar um inimigo brilhante não significa falhar completamente - mas dominar esse sistema recompensa o jogador com uma experiência mais intensa e satisfatória, elevando o desafio e aproximando-o da verdadeira maestria ninja.

Os chefões são implacáveis com múltiplos tipos de ataques mortais e com janelas de esquiva apertadas
Os chefões são implacáveis com múltiplos tipos de ataques mortais e com janelas de esquiva apertadas
Foto: Reprodução

Os chefões são verdadeiros testes de habilidade. Com padrões de ataque variados e janelas curtas para esquiva, exigem atenção, estudo e precisão. São confrontos épicos que fazem jus ao legado da série, e mostram o cuidado com o qual cada duelo foi planejado.

A dificuldade extrema sempre foi um ponto central da série Ninja Gaiden, e Ragebound não se esquece disso, especialmente nas últimas fases, com cenários com rolagem automática, enxurradas de inimigos na tela, e um sobe e desce de plataformas que parece não acabar nunca.

Embora tenha um desafio brutal, o jogo sempre oferece meios para o jogador enfrentar melhor os desafios e seguir em frente. Ragebound oferece checkpoints bem posicionados e vidas infinitas - uma mudança bem-vinda em relação ao rigor dos anos 80.

Para quem busca um desafio maior, há opções de personalização como remoção de checkpoints (se morrer volta ao iníco da fase), menor regeneração e danos amplificados. Já quem preferir uma experiência mais acessível pode reduzir o dano sofrido ou ajustar o alcance dos ataques, por exemplo.

Considerações

Ninja Gaiden: Ragebound - Nota 9
Ninja Gaiden: Ragebound - Nota 9
Foto: Divulgação / Game On

Ninja Gaiden: Ragebound é mais que uma homenagem, é uma renovação da série. Ele respeita o legado dos jogos originais, mas não tem medo de propor novidades. Com uma estética arrebatadora, uma trilha sonora de peso, gameplay afiada e personagens marcantes, o jogo se posiciona como um dos grandes destaques do ano.

Para fãs nostálgicos ou novos jogadores, Ragebound é uma experiência inesquecível. E se este for mesmo o início de uma nova trilogia 2D, então estamos diante de uma nova era dourada para Ninja Gaiden.

Ninja Gaiden: Ragebound está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Switch, Xbox One e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia gentilmente cedida pela Dotemu.

Fonte: Game On
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