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Europa Universalis V dá um passo mais acessível sem perder sua complexidade

Nova fase da franquia abre portas para veteranos e novatos

28 nov 2025 - 16h58
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Europa Universalis V dá um passo mais acessível sem perder sua complexidade
Europa Universalis V dá um passo mais acessível sem perder sua complexidade
Foto: Reprodução / Paradox Interactive

Europa Universalis sempre foi aquela série que assusta antes de conquistar qualquer jogador. A quantidade de sistemas, números e decisões costuma afastar quem tenta entrar pela primeira vez. Mesmo assim, é uma franquia que marcou presença por anos com uma comunidade fiel e uma longa história de experimentos dentro do gênero.

Europa Universalis V chega como a versão mais aberta da série em muito tempo. Ele tenta diminuir essa barreira inicial sem transformar tudo em algo raso. A ideia é deixar o jogador confortável o bastante para entender o que está fazendo e, ao mesmo tempo, manter a profundidade que define a Paradox. Essa sensação de ser mais acolhedor é o que cria espaço para aproveitar melhor tudo que vem depois.

Governando a própria vontade

De todos os Europa Universalis já lançados, a quinta entrada da franquia é uma das mais amigáveis para quem nunca jogou nada da série ou nem sequer está habituado a jogos de estratégia em tempo real da Paradox.

Quando começamos o jogo pela primeira vez, ele até pergunta qual é o nosso estilo de jogo. Se queremos controlar qualquer país, que é o recomendado para quem já conhece a franquia, ou jogar com um país indicado, que funciona quase como o jogo pegando na mão para explicar tudo que vem pela frente. O grande foco de Europa Universalis V é escolher um país e acompanhar sua evolução por diferentes períodos, com quase cinco séculos de história.

Entre os países disponíveis no modo recomendado, os selecionados representam povos bem distintos uns dos outros. Temos o Império Otomano, Castela, Noruega, Holanda, Hungria e Nápoles. Cada um deles tem uma breve descrição do que esperar, além de destacar seus pontos fortes. Os Otomanos são melhores na expansão territorial, enquanto a Noruega se destaca na política e a Holanda na economia. Para jogadores de primeira viagem, esse modo funciona muito bem, já que é explicativo e não pune o jogador por não saber o que está fazendo, especialmente para quem quer só contemplar um pouco da história da época.

Dá para resolver muitos conflitos apenas na base do diálogo
Dá para resolver muitos conflitos apenas na base do diálogo
Foto: Reprodução / Paradox Interactive

E uma coisa impossível de ignorar é o “What If”. Essa ideia do “E se isso tivesse acontecido” aparece o tempo todo, tanto pelas escolhas do jogo quanto pelas nossas. Dá para criar cenários completamente malucos quando pensamos no contexto histórico, como fazer com que os Mongóis dominem a Rússia. Esse tipo de liberdade rende horas e horas de jogatina, mesmo para quem não é tão fã de jogos desse gênero.

Falando de mecânicas e jogabilidade, Europa Universalis não foge muito do padrão do gênero. Para tudo dar certo, especialmente se a ideia é virar um tirano e sair conquistando tudo, é preciso gerenciar bem os recursos, criar laços e construir o que for necessário para alcançar sucesso. Algo que o jogo faz muito bem é impedir que a gente saia fazendo tudo de qualquer jeito. É preciso equilibrar a vontade do povo. Forçar trabalho demais gera vários problemas, com entregas abaixo do esperado, além de piorar a situação quanto mais pressionamos a população.

A passagem dos períodos afeta diretamente o mapa e libera novas construções
A passagem dos períodos afeta diretamente o mapa e libera novas construções
Foto: Reprodução / Paradox Interactive

Outra questão importante é a economia. Em muitos momentos é preciso criar rotas e frotas pensando justamente nisso, principalmente no início, onde tudo é mais escasso, já que estamos em um período em que praticamente nada estava desenvolvido. Se a ideia for partir direto para a guerra, o jogo é bem direto, mas dessa vez até clima, doenças e outros eventos podem acontecer durante esses períodos quando enviamos as tropas para conquistar. Isso obriga a pensar bem se a decisão foi correta. A todo momento o jogo brinca com essa lógica de ações e consequências, e elas realmente pesam no andamento da campanha.

A HUD do jogo pode parecer intimidadora no primeiro contato pelo tanto de informação na tela, mas a Paradox fez um ótimo trabalho nessa nova entrada. As informações essenciais são bem localizadas, como processos de produção, movimentação de tropas e estado dos países vizinhos. Isso facilita saber o momento certo de negociar ou, claro, conquistar um território.

No desempenho, por ser um jogo que não exige tanto graficamente, já que boa parte do tempo estamos observando um mapa-múndi gigante com pequenos modelos passando na tela, ele acaba deixando um pouco a desejar. Mesmo jogando com tudo no baixo, vários momentos tiveram quedas aleatórias, até em situações que deveriam ser simples, como telas de carregamento. Outro problema são os carregamentos constantes quando o jogo muda de período, que quebram um pouco o ritmo.

Considerações

Europa Universalis V - Nota 8,5
Europa Universalis V - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Europa Universalis V consegue ser o ponto de entrada mais seguro para quem sempre teve curiosidade sobre a série, sem abrir mão da densidade que os fãs esperam. Os países recomendados ajudam bastante na curva de aprendizado, o sistema de escolhas históricas continua rendendo cenários imprevisíveis e a gestão de recursos mantém aquele ritmo intenso de ação e consequência que move a campanha.

Ainda existem problemas de desempenho que aparecem em momentos aleatórios e os carregamentos atrapalham um pouco o fluxo, mas nada que desfaça a força do conjunto. No fim, Europa Universalis V entrega uma experiência sólida, cheia de possibilidades e com um cuidado maior para receber jogadores novos sem perder o que faz a franquia ser tão respeitada.

Europa Universalis V está disponível para PC.

Esta análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Paradox Interactive.

Fonte: Game On
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