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Vencer ou não vencer? Por que Inglaterra e Bélgica podem querer passar da fase de grupos em 2º lugar

25 jun 2018 - 19h23
(atualizado em 26/6/2018 às 15h50)
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Vencer, ou não vencer? Puxar camisa, ou evitar cartões amarelos? A Inglaterra e a Bélgica enfrentam um dilema antes do duelo de quinta-feira pela Copa do Mundo em Kaliningrado - é melhor terminar em segundo do que liderar o Grupo G?

Ingleses Vardy, Dier e o técnico Gareth Southgate durante treinamento
 25/6/2018    REUTERS/Lee Smith
Ingleses Vardy, Dier e o técnico Gareth Southgate durante treinamento 25/6/2018 REUTERS/Lee Smith
Foto: Reuters

Os técnicos Gareth Southgate e Roberto Martínez minimizam tais conversas. Ainda assim, um começo turbulento para a Alemanha significa que o líder do Grupo G arrisca enfrentar ou a seleção atual campeã ou o Brasil mais cedo na rodada de mata-mata. A Inglaterra e a Bélgica terão uma ideia melhor dos futuros adversários após os jogos de quarta-feira.

    Desde a vitória da Inglaterra por 6 x 1 sobre o Panamá no domingo, ambos estão garantidos para avançar da fase de grupos, por ora com pontos e saldo de gols idênticos. Um empate daria o primeiro lugar do grupo para o time com melhor histórico disciplinar.

Se o histórico também for igual, uma autoridade da Fifa fará um sorteio.

    Quem ficar em segundo também jogará duas das três partidas da fase de mata-mata até a final no conforto de Moscou - onde a Bélgica montou sua base - enquanto o vencedor enfrenta milhares de milhas áreas, passando por Rostov-on-don, Kazan e São Petersburgo.

    O técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, está incerto se vencer é uma vantagem: "Nós precisamos analisar isto", disse quando perguntado se pode escalar um time mais fraco contra a Bélgica.

    Assim como Martínez, da Bélgica, ele irá equilibrar consistência com descanso aos titulares absolutos.

    Um gol do Panamá no final da partida custou à Inglaterra no saldo de gols, destacou Southgate, deixando como única vantagem sobre a Bélgica o fato de a seleção inglesa ter somente dois cartões amarelos, em relação aos três da Bélgica.

    "Ainda somos líderes na contagem disciplinar", disse Southgate à BBC. "Mas nós não sabemos realmente se isto será uma vantagem".

    Liderar o Grupo G significa jogar contra quem ficar em segundo no Grupo H na quinta-feira - Colômbia, Senegal ou Japão. Southgate disse estar indiferente quanto a isto.

    Mas se antes ficar em segundo no Grupo G era visto como uma rota para uma partida difícil em Samara contra a Alemanha nas quartas de final, agora parece improvável que a Alemanha lidere o Grupo F. A Alemanha - ou o Brasil, se liderar o Grupo E - agora possuem mais chance de disputar com quem liderar o Grupo G.

"Todos querem olhar uma possível rota", disse Martínez nesta segunda-feira, embora também tenha destacado: "Eu não penso, como profissional, que você pode entrar em um campo sem querer vencer".

Ele minimizou as vantagens de não ter que viajar para tão longe da base em Moscou, dizendo que a logística russa tem sido "fantástica" e alertou que ser muito malandro no futebol pode render efeitos negativos.

    Este foi um sentimento ecoado na imprensa britânica: "Sempre perigoso tentar terminar em segundo quando você acha que a passagem pode ser mais fácil", escreveu John Cross, do Daily Mirror.

"Se fracassarem, então vocês se abrem às críticas".

    Matt Dickinson do The Times especulou no Twitter: "Então a Inglaterra joga por um empate com a Bélgica, então recebe dois cartões nos últimos 5 minutos para garantir que irá terminar em segundo e evitar quartas de final com Brasil/Alemanha. Não é o estilo de Southgate".  

Mas no Le Soir, de Bruxelas, Frederic Larsimont disse que os belgas, esperançosos em melhorar após uma eliminação nas quartas de final em 2014, têm considerado evitar jogar com o Brasil nesta etapa: "Há uma grande tentação em deixar a Inglaterra terminar em primeiro".

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