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"Passageiro"? Filipinho vai de subestimado a temido na WSL

14 abr 2015 - 16h09
(atualizado às 18h09)
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Dividindo a liderança do ranking mundial com Mick Fanning, Filipe Toledo, ou Filipinho, como é conhecido, é a grande sensação brasileira no começo da nova temporada do Circuito Mundial de Surfe (WCT). Com a inédita vitória em Gold Coast e um quinto lugar em Bells Beach, o surfista, que ofusca até mesmo o xodó Gabriel Medina, revela que se sentia visto como uma “figurinha passageira” e vibra com a mudança de opinião dos companheiros após os ótimos resultados obtidos na Austrália.

“No início, a galera me viu, talvez, como uma figurinha passageira, mas, depois do primeiro ano e agora, acho que mudaram de opinião”, disse ao Terra , esbanjando bom humor. “Graças a Deus estou me adaptando bem”, completou.

Filipinho usa camisa 77 em homenagem ao fim da fila do Corinthians
Filipinho usa camisa 77 em homenagem ao fim da fila do Corinthians
Foto: WSL / Divulgação

Com apenas 19 anos, essa é apenas sua terceira participação na elite do surfe mundial. Natural de Ubatuba, Filipinho estreou entre os “gigantes” do esporte em 2013, aos 17, e terminou na 15ª colocação. Em 2014, mesmo já mais acostumado com a pressão, ficou em 17º lugar, o que lhe garantiu presença em 2015, além de ter ficado no topo do ranking de acesso da temporada passada.

Mais novo do Brazilian Storm, como é chamada a atual e promissora geração do surfe brasileiro, Filipe acredita que os atletas do País estão mais fortes do que no ano passado e que a modalidade tem tudo para crescer ainda mais no Brasil. "Acredito que estamos com um time forte e determinado. Além de novos integrantes, estamos muito motivados depois do primeiro título. Isso vai fazer muita diferença", disse. Não só fará, como já está fazendo.

Brazilian Storm promete dar trabalho no Circuito Mundial de Surfe
Brazilian Storm promete dar trabalho no Circuito Mundial de Surfe
Foto: Instagram / Reprodução

Na primeira etapa do ano, na Gold Coast australiana, ele sofreu na primeira rodada (que não é eliminatória) e depois não deu chances para Adam Melling, Kolohe Andino, Jordy Smith, Matt Wilkinson, Bede Durbidge, Adriano de Souza e Julian Wilson. Terminando com uma nota 10 na última onda do campeonato. Já em Bells Beach, depois de bater Dusty Payne, Sebastian Zietz e Jeremy Flores, caiu nas quartas de final para Nat Young, ficando com o quinto lugar.

Filipe Toledo vibra com título na primeira etapa
Filipe Toledo vibra com título na primeira etapa
Foto: WSL / Divulgação

Tendo seu pai como grande inspiração, Ricardo Toledo foi bicampeão brasileiro de surfe em 1991 e 1995 e agora atua como espécie de mentor e técnico do filho, Filipe sabe que é um dos candidatos ao título mundial, mas prefere manter os pés no chão e prefere que as coisas aconteçam naturalmente. “Quero me divertir e ser feliz fazendo aquilo que gosto. Claro que meu sonho é ser campeão mundial, mas isso não será um peso, mas sim uma realização da maneira que sempre conquistei meus títulos, com alegria e sentindo o desafio”, concluiu.

Filipe e seu pai Ricardo Toledo vibram com vitória na Gold Coast australiana
Filipe e seu pai Ricardo Toledo vibram com vitória na Gold Coast australiana
Foto: WSL / Divulgação

Se a condição do mar estiver boa, Filipe Toledo estreia em Margaret River, terceira etapa do Mundial, na madrugada desta quarta-feira. Ele terá o compatriota Miguel Pupo e o irlandês Glenn Hall como primeiros adversário na oitava bateria. Acostumado em enfrentar brasileiros, Filipinho diz que isso não faz diferentaça e não se incomoda em medir forças com compatriotas. "Nenhuma (diferença). Todos são muito bons e perigosos. Preciso manter o foco, pensar apenas em escolher as boas ondas e fazer aquilo que gosto", finalizou.

Filipinho abusa dos aéreos na Austrália
Filipinho abusa dos aéreos na Austrália
Foto: WSL / Divulgação
Fonte: Terra
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