Torcida única: Muricy vê futebol "largado" e reflexo do País

6 fev 2015 - 13h20

(atualizado às 14h12)

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<p>Muricy Ramalho lembrou que a maior parte da violência entre torcidas acontece fora dos estádios</p> — Muricy Ramalho lembrou que a maior parte da violência entre torcidas acontece fora dos estádios
Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC / Divulgação

A discussão sobre a torcida única no clássico entre Palmeiras e Corinthians, neste domingo, no Allianz Parque, tem repercutido no futebol paulista. Questionado sobre a situação após comandar o treino do São Paulo desta sexta-feira, o técnico Muricy Ramalho não assumiu nenhum lado, mas lamentou que a falta de segurança prejudique o espetáculo.

"Chegamos nesse ponto no nosso País. As pessoas ficam sem saída, isso não é o correto. O correto é ter os dois times, e a segurança tem que ser dada. Mas está chegando a um limite", avaliou o treinador, sem exatamente se posicionar a favor ou contra a medida tomada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) após pedido do Ministério Público.

"A questão é que, dentro do estádio (a violência), não tem acontecido mais. O maior problema é fora mesmo. Não adianta segurar lá e deixar acontecer fora. A situação é lamentável e é reflexo do País. Está tudo largado", reclamou Muricy.

Pressionada pela promotoria pública, a FPF resolveu que o clássico terá torcida única neste domingo. Os corintianos estão proibidos de ir ao jogo. A princípio, a decisão é limitada às partidas entre Corinthians e Palmeiras, mas é um grande passo para que a medida seja tomada em todos os clássicos do estado. Em março, o São Paulo enfrenta o Corinthians duas vezes, se o rival confirmar classificação na primeira fase da Copa Libertadores - no jogo de ida, bateu o Once Caldas por 4 a 0.

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