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Zagueiro Cléber Reis detona diretoria do Santos: 'Sou humilhado'

Jogador reclamou do tratamento que recebe do clube. Desde a volta do empréstimo à Ponte Preta, ele treina em horários alternativos no CT Rei Pelé

24 jun 2021 - 11h08
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O zagueiro Cléber Reis detonou a diretoria do Santos em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. Treinando afastado e sozinho em horários alternativos ao elenco principal do Peixe, ele reclama do tratamento da gestão em relação a decisão de seu futuro no clube. Ele tem apenas 10 jogos com a camisa do Santos desde quando chegou em 2017.

Cléber Reis reclamou do tratamento que recebe da diretoria do Santos (Foto: Ivan Storti/Santos FC)
Cléber Reis reclamou do tratamento que recebe da diretoria do Santos (Foto: Ivan Storti/Santos FC)
Foto: Lance!

- Me sinto sabotado, humilhado. Os caras são covardes comigo. Não estão sendo verdadeiros, honestos. Me frustra. Meu filho me pergunta "pai, você não vai jogar mais não?" e eu respondo que vou. Isso é algo que me deixa muito mal, quando meu filho pergunta. Eu não ligo quando gente de fora pergunta. Mas dentro de casa, meu filho... que sempre me viu jogando, não me envolvendo em nenhum problema. Fui esfaqueado pelas costas, né? Sigo sendo. Mas eu sou temente a Deus, sou focado naquilo que eu quero. Vou sair dessa. Logo logo estou jogando de novo. Quando menos esperarem vão ver a reviravolta - afirmou o zagueiro ao UOL.

- É muito ruim pra mim. A forma que eles estão querendo me tratar, expondo minha imagem. O modo que falam que eu não tenho "pensamento ou pose de querer jogar mais bola", que não penso no meu futuro. É uma coisa muito negativa. Eu treino todos os dias. Eu não dou entrada no departamento médico faz mais de ano. Eles colocaram algo na minha vida, isso me perturba até hoje. Dizem que tem coisa no meu joelho. Não tem nada, eu sou mais forte do que muitos jogadores que eles têm. Meu joelho não me dá problema, eu trabalho, treino todos os dias. Tenho horário alternativo, não reclamo. Sou humilhado, mas clamo a Deus, que guia minha vida. Me apego na minha família. Mas isso me cansa - explicou Cléber Reis.

- Dentro do clube, onde falam que eu sou a peça negativa, tem pessoas que estão todos os dias comigo. Seguranças, faxineiras, estão vendo meu trabalho. Não tem valor maior do que esse, ser reconhecido na visão do ser humano. Por que os diretores, eles não querem ouvir meu lado. A única meta que eles têm é tirar o Cleber de lá. Eu não sirvo. Como dizem que o treinador não me quer, se eles nem me deixam treinar com o treinador - ressaltou o jogador.

A bronca do torcedor com Cléber Reis é porque ele acabou sendo pivô de um processo do Santos na Fifa. O Peixe não pagou a contratação do zagueiro junto ao Hamburgo (Alemanha). O acordo e a retirada do processo aconteceu somente em 2020. Até agora, o zagueiro já foi emprestado para Oeste, Coritiba, Paraná e Ponte Preta. O clube estuda a rescisão contratual, o que também incomoda o defensor.

- Aí chegou o Diniz, os caras dizem o que? "Não, Rodrigão e Clebão não vão treinar com os caras. E eles falam que eu quem não quero jogar bola. Mas tem sondagem e eles não querem fazer acordo. Querem só me mandar embora. Pagam para eu treinar separado, mas não para jogar bola. Querem me minar. Teve proposta do Vasco e do Goiás, meus empresários conversaram comigo, mandaram mensagens para eles, do Santos. Disseram que não aceitariam, que só aceitariam a rescisão. Que não estavam dispostos a me liberar. Forçando minha saída - revelou Cléber.

- Isso é muito ruim, prejudica minha carreira, prejudica minha vida. Fica ruim na visão das pessoas, acham que sou eu que não quero jogar bola. E não sou eu! Estou num clube onde estão impedindo de praticar meu futebol. Mas eu não posso ter mágoa ou rancor, tenho que trabalhar. Não posso abaixar minha cabeça - concluiu o atleta ao UOL.

Lance!
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