PSG tenta título mundial inédito contra Flamengo confiante no bi da Copa Intercontinental
Os dois times com mais títulos e mais vitórias em 2025, entre campeonatos nacionais e competições continentais, duelam nesta quarta-feira pelo título mundial da Copa Intercontinental da FIFA. O confronto irá medir mais uma vez as forças entre europeus e sul-americanos. Cada equipe finalista venceu 49 jogos neste ano.
Tiago Leme, de Doha, no Catar, para a RFI
O Paris Saint-Germain, que conquistou a Liga dos Campeões da Europa pela primeira vez na história, e o Flamengo, tetracampeão da Libertadores da América, se enfrentam pela final da Copa Intercontinental, no estádio Ahmad Bin Ali, no Catar, nesta quarta-feira (17) às 14h (horário de Brasília).
O PSG tenta mais um troféu inédito este ano, depois de ter ganhado na última temporada o Campeonato Francês, a Copa da França, a Supercopa da França e a Supercopa da Europa, além da Champions League. A vaga direta na decisão da Copa Intercontinental veio com o título europeu em maio, quando o clube parisiense de goleada a Inter de Milão, por 5 a 0, em Munique, na Alemanha.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira, o técnico Luis Enrique valorizou a partida desta quarta no Catar. "Estamos cientes da importância deste jogo. Isso representa muito para nós. Marcar a história no PSG foi um objetivo na temporada passada, mas também nesta temporada", afirmou. Ele ressaltou que essa é "a primeira vez que podemos levar esse troféu. Antes, havia uma diferença nas partidas, mas hoje é importante para o Flamengo, mas também é muito importante para nós".
Comparação entre Flamengo e Botafogo
O treinador espanhol também fez uma comparação entre o Flamengo e o Botafogo, clube brasileiro que derrotou o PSG, por 1 a 0, na primeira fase da nova Copa do Mundo de Clubes deste ano, nos Estados Unidos.
"Jogamos contra o Botafogo, que fez um jogo fechado em seu campo de defesa. É o típico jogo que estamos acostumados a jogar, times que se defendem e atacam pouco", lembrou.
Segundo ele, o "Flamengo não vai jogar assim. O Flamengo joga muito bem com a bola, sai jogando de trás. Sem a bola, pressiona muito bem. É um time muito interessante. Fisicamente muito forte, com jogadores experientes, de muita qualidade, que sabem jogar jogos importantes".
Luis Enrique prevê "uma final apaixonante, porque os dois times têm estilos parecidos".
O zagueiro brasileiro Marquinhos, capitão do PSG, também falou sobre o duelo contra um time do Brasil. "O Mundial de junho trouxe uma visibilidade muito grande para os times brasileiros, mostrou realmente o nível do futebol brasileiro, em questão de investimento, de jogadores de qualidade. Então, com certeza, os europeus e o mundo respeitam muito mais esse jogo da Copa Intercontinental do que talvez se respeitava antes. E nossa motivação é muito grande", disse o camisa 5.
Com pouco tempo de pré-temporada, o clube parisiense tem enfrentado problemas físicos e algumas lesões nos últimos meses. O lateral marroquino Hakimi, machucado, é desfalque certo. Marquinhos, que se recuperou de um problema muscular no adutor, chegou a ser dúvida, mas deve jogar.
Com isso, a escalação do PSG deve ser: Chevalier; Zaïre-Emery, Marquinhos (Zabarnyi), Pacho e Nuno Mendes; Vitinha, João Neves e Fabián Ruiz; Kvaratskhelia, Dembélé e Doué (Barcola).
Flamengo tem discurso de confiança
Do outro lado, o Flamengo mostra confiança no sonho do bicampeonato mundial. Em 1981, o clube levantou a taça no Japão ao bater o Liverpool. Em 2019, teve a chance de ganhar novamente, mas acabou perdendo a final para o mesmo time inglês, no Catar.
Este ano, contando com um elenco forte e jogadores com experiência internacional, o Rubro-Negro já foi campeão do Campeonato Brasileiro, do Carioca e da Supercopa do Brasil, além do quarto título da Libertadores. Na final sul-americana, venceu o Palmeiras, por 1 a 0, no fim de novembro, em Lima, no Peru.
Para chegar no duelo decisivo desta quarta com o PSG, o Rubro-Negro teve que fazer antes dois jogos no Intercontinental no Catar: nas quartas-de-final, ganhou por 2 a 1 do Cruz Azul, do México, campeão da América do Norte e Central; e na semifinal venceu por 2 a 0 o Pyramids, do Egito, campeão da África.
Questionado nesta quarta-feira sobre as qualidades do Paris Saint-Germain, o técnico Filipe Luís rasgou elogios ao adversário, mas mostrou confiança na possibilidade de fazer história. "Sabemos a dificuldade desse jogo. Fácil não vai ser, mas sabemos que é possível", disse o treinador flamenguista.
Ele acrescentou não ter "nenhuma dúvida que jogadores tão jovens e tão rápidos nos colocarão em dificuldade em determinados momentos do jogo. Assim como nos colocaram no Brasil, na Libertadores, na Copa de Clubes contra Chelsea e Bayern. Temos uma forma de defender, não defendemos o jogador, defendemos a equipe, a bola, e esperamos tirar o máximo de tempo possível de jogadores determinantes, em especial no meio. Não tenho dúvidas de que teremos armas para neutralizar o ataque do PSG".
Escalação do Flamengo
Autor do gol do título da Libertadores este ano, o experiente zagueiro Danilo também falou sobre o confronto com o time francês.
"A forma como a gente começa o jogo e lida nos primeiros minutos tem uma influência muito grande em toda partida. Outro dia, eu vi uma frase, uma interpretação de vida que fala: 'Nós somos uma sucessão de acasos e caos'. Muitas coisas independem de nós, mas o tipo de acaso que a gente vai viver depende da nossa preparação, entrega e determinação", disse o defensor.
O Flamengo tem algumas indefinições no ataque. Com isso, deve ir a campo com: Rossi; Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, Jorginho e Arrascaeta; Carrascal, Bruno Henrique (Pedro) e Samuel Lino (Everton Cebolinha).
Os dois finalistas desta Copa Intercontinental, que também é considerada pela Fifa como uma conquista mundial, disputaram no meio deste ano nos Estados Unidos, a Copa do Mundo de Clubes, em novo formato ampliado. O PSG foi vice-campeão, ao perder a final para o Chelsea. Enquanto o Flamengo foi eliminado nas oitavas-de-final, pelo Bayern de Munique. Nesta quarta, ambos tem a chance de terminar 2025 com um título mundial.
A última equipe sul-americana a superar uma europeia na final de um Mundial de Clubes foi o Corinthians, que bateu o Chelsea em 2012.