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Barco brasileiro chega em segundo em etapa australiana da Volta ao Mundo Glo40

Regata para dupla teve 24 dias, 15 horas e 33 minutos de navegação desde a Ilha da Reunião.

17 dez 2025 - 21h15
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O Barco Brasil segue na liderança da Globe 40 entre os barcos Sharp. O representante brasileiro na regata de volta ao mundo em duplas completou a terceira perna nesta quarta-feira (17/12), com chegada a Sydney (Austrália), após 24 dias, 15 horas e 33 minutos de navegação desde a Ilha da Reunião. A equipe foi a segunda da categoria Sharp a cruzar a linha de chegada, atrás do francês Free Dom.

Na classificação geral, que reúne as categorias Sharp e Scow, os brasileiros aparecem agora na terceira colocação. Em função de uma quebra do mastro, a equipe alemã Next Generation precisou abandonar a perna e retornar à Ilha da Reunião para realizar os reparos no barco.

A travessia entre a Ilha da Reunião, na costa africana banhada pelo Oceano Índico, e a Austrália foi marcada por dificuldades técnicas e forte desgaste físico ao longo das 5.120 milhas náuticas, o equivalente a aproximadamente 9.482 quilômetros.

Durante a perna, o Barco Brasil enfrentou problemas no funcionamento do Efoy, uma pilha de combustível responsável por parte da geração de energia elétrica a bordo. Para preservar as baterias, os velejadores optaram por manter desligados quase todos os equipamentos durante a noite.

José Guilherme Caldas e Luiz Bolina também dispensaram o uso do piloto automático e conduziram o barco manualmente por longos períodos. A decisão aumentou o cansaço físico da dupla e criou uma clara desvantagem em relação aos adversários.

“Foi uma etapa extremamente dura. A falta de energia nos forçou a navegar no limite físico, com muito menos descanso do que o normal. Mesmo assim, conseguimos manter o barco competitivo o tempo todo”, afirmou José Guilherme Caldas, comandante do Barco Brasil.

Globe40 | Agência On Board
Globe40 | Agência On Board
Foto:

Outro obstáculo relevante foi a avaria em uma vela balão, fundamental para o desempenho nos ventos mais fortes próximos à costa australiana. A equipe precisou utilizar uma vela reserva, menos adequada a essas condições, além de cumprir uma penalidade regulamentar de cinco horas parados na chegada a Sydney.

A espera foi tensa. Enquanto aguardavam a liberação para retomar a navegação, os velejadores viram o barco Wilson Around the World se aproximar perigosamente. A retomada aconteceu apenas nos minutos finais, resultando em uma chegada emocionante e disputada.

“Foi angustiante ficar parado vendo outro barco se aproximar. Quando finalmente pudemos acelerar, foi uma mistura de alívio, adrenalina e emoção. Cruzar a linha nessas condições teve um sabor muito especial”, relatou Luiz Bolina.

O revés teve um lado positivo. Amigos dos velejadores se organizaram em um grupo de WhatsApp para arrecadar apoio financeiro, viabilizando a compra de uma nova vela balão em Sydney. A iniciativa espontânea funcionou como uma forma de patrocínio informal e reforçou o espírito coletivo em torno do projeto.

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