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Wladimir revela mágoa com descaso do Corinthians

Em entrevista exclusiva, ex-lateral-esquerdo lamenta não ter sido aproveitado pelo clube depois que encerrou a carreira

12 out 2019 - 09h00
(atualizado às 09h52)
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Filho de um pedreiro e de uma empregada doméstica, Wladimir, 65 anos, é o jogador que mais vestiu o manto alvinegro. Formado nas divisões de base, ele chegou no Parque São Jorge ainda garoto, aos 14 anos. Foram impressionantes 806 jogos, em uma passagem que se iniciou em 72 e só terminou em 87. O lateral fez parte do time que quebrou o jejum de 23 anos sem título, em 77, esteve na Invasão do Maracanã, em 76, e foi um dos líderes da Democracia Corinthiana, no início dos anos 80, ao lado de Sócrates e Casagrande.

Marcelo Tieppo entrevista Wladimir.
Marcelo Tieppo entrevista Wladimir.
Foto: Terra

“Esse período 82/83 foi um momento que a gente teve oportunidade de interferir no processo político do clube. Essa fase foi maravilhosa porque as coisas no futebol sempre aconteceram de cima pra baixo. Nesse momento, a gente inverteu esse processo. Abolimos a concentração, que era uma coisa que a gente não aguentava mais”, lembra Wladimir.

Além dos 806 jogos no total, Wladimir disputou 268 partidas pelo Corinthians no Campeonato Brasileiro e teve uma sequência de 161 atuações diretas, sem contusões ou suspensões, entre 81 e 83, um recorde que dificilmente será quebrado um dia. “Eu já joguei com febre, com entorse no tornozelo. Vai ser muito difícil alguém bater isso.”

Por tudo isso, Wladimir não esconde a mágoa por não ter recebido até hoje uma homenagem do Corinthians. Mas mais do que um busto ou uma estátua, o ex-lateral lamenta mesmo é não ter sido aproveitado pelo clube, depois que encerrou a carreira. “Homenagem nunca é demais (risos), mas eu poderia ter tido a oportunidade de contribuir com o Corinthians na formação de atletas. Eu fui formado lá, poderia ter tido uma função lá. Como teve o Luizinho, que foi meu treinador, o Baltazar, o Rato. Eram ex-atletas que foram uma referência e o que eles diziam pra gente, a gente aceitava.”

Abaixo você pode acompanhar a entrevista de Wladimir, que foi gravada na casa dele, na íntegra. Ele revela mais detalhes do título paulista de 77, fala da Invasão do Maracanã e dos tempos da Democracia Corinthiana.

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