Mulheres se juntam a sarados nas arquibancadas do UFC
Quem imagina que o público dos campeonatos do Ultimate Fighting é formado somente por praticantes de artes marciais de 2m de altura, com músculos à mostra, está enganado. O número de mulheres que acompanham o vale-tudo é crescente e já se equipara com os homens.
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De acordo com a organização do evento, cerca de 40% do público que comparece às lutas é de mulheres. Entre os motivos pela procura feminina estão a idolatria por homens musculosos, a influência dos namorados ou somente o gosto por esportes de contato.
Durante o UFC 94, disputado no último sábado em Las Vegas, por exemplo, muitas mulheres sentaram na primeira fila, próximas do octógono, e gritavam a cada golpe desferido por um lutador, às vezes até mais do que os homens ao lado.
A canadense Maggie Clapp, por exemplo, comprou o ingresso especialmente para ver a luta de Georges St.Pierre contra o americano BJ Penn. Maggie acha o compatriota bonito, mas ressalta que acompanha o vale-tudo independente da beleza dos lutadores.
"Mulher também gosta de UFC. Não é porque o esporte é violento que vamos deixar de gostar", afirmou a torcedora, que comprou ingressos para a primeira fila do evento em Las Vegas.
Apesar do número crescente de mulheres no esporte, o principal público ainda é o de lutadores de artes marciais. Assim, ainda é comum encontrar na arquibancada homens com a orelha deformada por conta do contato com o tatame.
Chama atenção ainda o grande número de orientais no público. Históricos praticantes de lutas marciais, japonês, coreanos e chineses não deixam de registrar um golpe com suas câmeras digitais e não economizam na torcida por seus conterrâneos.
Alguns famosos também não costumam perder as lutas. No UFC 94, por exemplo, estava na platéia o vocalista da banda californiana Red Hot Chilli Pepers, Anthony Kidd. Paris Hilton e Keanu Reeves também já acompanharam edições da competição.
* O jornalista Fábio de Mello Castanho viajou a convite do UFC.
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