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Mulher de Nevada processa Cristiano Ronaldo por suposto estupro

1 out 2018 - 20h22
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Uma mulher de Nevada, nos Estados Unidos, processou Cristiano Ronaldo e está participando de uma investigação policial sobre o astro do futebol por um suposto estupro em um hotel em Las Vegas em 2009, de acordo com uma ação apresentada por seu advogado.

Cristiano Ronaldo em jogo da Juventus contra o Napoli
 29/9/2018    REUTERS/Stefano Rellandini
Cristiano Ronaldo em jogo da Juventus contra o Napoli 29/9/2018 REUTERS/Stefano Rellandini
Foto: Reuters

Advogados de Cristiano Ronaldo ameaçaram na sexta-feira processar uma revista alemã que publicou a acusação.

    Kathryn Mayorga processou Ronaldo na quinta-feira em uma corte distrital no condado de Clark, Nevada, e também busca anular um acordo de 375 mil dólares que alega ter sido coagida a assinar para se manter em silêncio, de acordo com a queixa vista pela Reuters e segundo o advogado de Mayorga.

Nesta segunda-feira, a empresa que representa Ronaldo, a Gestifute, informou que não possuía comentários além da declaração de sexta-feira do advogado do jogador, Christian Schertz, que chamou a reportagem da revista alemã de "uma reportagem inadmissível sobre suspeitas em matéria de privacidade".

O processo afirma que Ronaldo se encontrou com Mayorga em uma boate em Las Vegas em junho de 2009 e na noite seguinte convidou um grupo de pessoas, incluindo Mayorga, para a suíte onde estava hospedado.

    Naquela noite, segundo o processo, Ronaldo pediu para a mulher realizar um ato sexual nele em um banheiro. Ele então a empurrou para um quarto e a estuprou enquanto ela gritava "não, não, não", de acordo com o processo.

    "Quando Cristiano Ronaldo completou o abuso sexual, ele então permitiu que ela deixasse o quarto, declarando estar arrependido e que normalmente era um cavalheiro", segundo a ação.

A Polícia Metropolitana de Las Vegas informou nesta segunda-feira que um relato de incidente com o número listado no processo de Mayorga foi preenchido na noite do suposto ataque e disse que o caso foi reaberto no mês passado, após uma vítima não identificada se apresentar com novas informações. A polícia se negou a dizer se o atleta é alvo de uma investigação.

    Contatados mais tarde nesta segunda-feira, representantes de Ronaldo não retornaram imediatamente um pedido de comentário sobre a reabertura do caso pela polícia de Las Vegas.

    Advogados do atleta português disseram em comunicado na sexta-feira que irão processar a revista alemã Der Spiegel após publicação das acusações "descaradamente ilegais" de Mayorga. Eles não responderam para especificar perguntas sobre o conteúdo da reportagem da Der Spiegel.

    O vice-editor-chefe da Der Spiegel, Alfred Weinzierl, disse no domingo que a revista defende totalmente sua reportagem.

"Nós trabalhamos profissionalmente como jornalistas, confrontamos e mostramos a evidência. Schertz diz que isto é ilegal. Nós dizemos: Isto é permitido sob a lei da imprensa da Alemanha", disse Weinzierl em comunicado à Reuters.

    Leslie Stovall, advogado de Mayorga, disse em comunicado nesta segunda-feira que sua cliente deseja "obter justiça ao responsabilizar Cristiano Ronaldo por sua conduta".

    O processo, que busca mais de 200 mil dólares em danos, cita como réus Ronaldo e uma equipe não nomeada de funcionários descritos como "especialistas de proteção de reputação pessoal" contratados para fazer a situação desaparecer.

    Ronaldo foi eleito cinco vezes melhor do mundo e trocou o Real Madrid pela Juventus por 100 milhões de euros neste ano. O clube italiano se negou a comentar sobre a reportagem da Der Spiegel na sexta-feira.

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