Gibernau põe Marc Márquez como "melhor da história" na MotoGP: "É um herói"
Para o suíço Sete Gibernau, ex-piloto da classe rainha e adversário de Valentino Rossi, não há dúvidas: Marc Márquez é o piloto mais forte da história da MotoGP
Na história, um dos pilotos adversários do lendário Valentino Rossi — dentro e fora das pistas — foi Sete Gibernau. O piloto suíço esteve na classe rainha entre 1997 a 2009 e é dono de nove vitórias, 13 poles-positions e 30 pódios no Mundial de Motovelocidade. Teve passagens, inclusive, pelos grandes nomes do grid: Yamaha, Honda, Suzuki e Ducati.
Ao longo de todos os anos de experiência, o veterano foi questionado sobre o melhor piloto da história. E não apontou o nome de Rossi. Deu ênfase ao espanhol Marc Márquez.
"Se tiver de escolher um nome, digo Márquez. Do meu ponto de vista, ele é um herói, o piloto mais forte da história. Estou curioso para ver como ele vai lidar com seu novo inimigo, ou seja, o aspecto psicológico, a capacidade de administrar as dificuldades", disse ele.
Girbernau se referiu aos muitos problemas físicos do #93. O piloto de Cervera operou o braço direito pela quarta vez em 2022 e já enfatizou que a recuperação é longa, ainda que tenha voltado à última temporada após mais de 100 dias afastado.
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"Marc está em um momento sem precedentes para ele. Ele nunca tinha estado em tal posição antes. Ele terá de lidar com pensamentos que o farão agir de forma diferente do habitual. Mas acho que Marc ainda tem algumas temporadas de alto nível pela frente. Se tudo correr bem, a novidade será a presença de Márquez no topo desde o início do Mundial, embora muito dependa da Honda", seguiu.
"Imagino que eles estejam lutando com alguns problemas e, se não resolverem, será difícil vencer mesmo para alguém como Marc. Tanto eles quanto a Yamaha terão de trabalhar duro para se recuperar", colocou Sete.
Lembrando de seus tempos no Mundial, Gibernau falou das equipes em que esteve ao longo de sua carreira. Ele destacou sua passagem pela Desmosedici, último time a defender antes de sua aposentadoria — importante ressaltar que o suíço participou da temporada de 2019 da MotoE.
"Tenho a Itália no coração. Sinto-me muitas vezes em casa, ainda tenho muitos amigos. Estou muito feliz pelos amigos do departamento de corrida. A Ducati será a referência na MotoGP, graças também à presença de muitas motos no grid, pois é mais fácil desenvolver um projeto. Fiquei satisfeito por ver uma moto europeia vencer, especialmente a italiana", admitiu.
"Também estou feliz por Francesco Bagnaia, que é uma pessoa fantástica. Pouco a dizer sobre a equipe Gresini também. Tem sido minha família por tantos anos. Mantive contato nos momentos difíceis após a morte de Fausto. Fiquei orgulhoso pelo desempenho de 2022″, encerrou.
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