Ducati deixa decisão para Bagnaia, mas incentiva: "Ótimo se nosso piloto escolhesse #1"
Diretor-esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti destacou que o número 1 "envia um sinal claro" na MotoGP e torceu para que Francesco Bagnaia opte por usar o numeral reservado ao vencedor
A Ducati não esconde: está na torcida para que Francesco Bagnaia utilize o número 1 na temporada 2023 da MotoGP. O piloto, porém, ainda não decidiu se vai deixar o #63 de lado para usar o numeral reservado ao campeão vigente.
Em entrevista à publicação alemã Speedweek, o diretor-esportivo Paolo Ciabatti exaltou o 2022 super positivo para a Ducati, que venceu não só na MotoGP, mas também no Mundial de Superbike. De acordo com o dirigente, porém, o sucesso foi também comercial.
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"Foi um ano fantástico para a Ducati — não só do ponto de vista esportivo, mas as vendas da companhia também estiveram acima de tudo que já vimos antes", disse Ciabatti.
Ainda, Ciabatti destacou que, do ponto de vista da companhia, seria importante ter Pecco na pista usando o #1, mas reconheceu que além de superstição — já que muitos pilotos não obtiveram sucesso recentemente ao defender o título usando o #1 —, existe uma questão comercial que afeta a decisão.
O último piloto que exibiu com sucesso o #1 foi Mick Doohan, em 1998, quando conquistou o derradeiro dos cinco títulos das 500cc que acumulou na carreira. Depois disso, ninguém mais defendeu a coroa de maneira bem sucedida usando o número do campeão.
Nestes anos, Álex Crivillé fez questão do #1 em 2000, Kenny Roberts Jr. em 2001, Casey Stoner em 2008 e 2012, e Jorge Lorenzo em 2011. Valentino Rossi, Lorenzo nos outros dois títulos, Marc Márquez, Joan Mir e Fabio Quartararo não abandonaram as numerações tradicionais em favor do número 1.
"O número 1 é, definitivamente, importante, pois envia um sinal claro. O número 1 pertence ao campeão do mundo", destacou Paolo. "O ponto de vista da companhia, seria ótimo se nosso piloto escolhesse o número 1. Por outro lado, também entendemos que existe um pouco de superstição envolvida e o fato de que os pilotos hoje em dia constroem a imagem deles e o merchandising em torno do número deles", ponderou.
Caso opte por mudar para o #1 será a quarta troca de numeral de Pecco no Mundial de Motovelocidade. O italiano usou o #21 nos tempos da Moto3, mas precisou mudar para #42 na subida para a Moto2, já que Franco Morbidelli já estava por lá usando o número. Na hora de passar para a classe rainha, Francesco não pôde escolher nenhum dos dois, já que o ítalo-brasileiro tinha chegado à elite antes e Álex Rins também já usava o #42. Assim, optou pelo 63, uma soma dos dois números.
"Como Pecco disse, realmente acho que o número tem apelo com ele, pois é uma declaração forte — para o piloto e para a fábrica", sublinhou. "Por outro lado, é uma decisão difícil abandonar um número que te trouxe felicidade. Ele já mudou de número algumas vezes — de 21 para 42 e aí para 63. Venceu a Moto2 usando o 42 e aí a MotoGP usando o 63. Talvez isso o ajude um pouco na decisão dele", comentou.
"No fim, no entanto, deixamos a decisão nas mãos do piloto. Pois é importante que ele possa relaxar e guiar com o número que melhor o representa", concluiu.
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