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Motociclismo

Bastianini leva melhor em duelo com Bagnaia e vence na França. Quartararo é 4º

Enea Bastianini foi paciente e se aproveitou de um erro de Francesco Bagnaia para assumir a ponta e não soltar mais. É sua terceira vitória em 2022

15 mai 2022 - 09h47
(atualizado às 10h08)
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Enea Bastianini venceu em Le Mans
Enea Bastianini venceu em Le Mans
Foto: Gresini / Grande Prêmio

BASTIANINI, MARTÍN OU MILLER: QUEM FICA COM A VAGA NA DUCATI NA MOTOGP EM 2023?

Numa corrida extremamente agitada, a paciência foi virtude. E foi o que teve Enea Bastianini no GP da França, neste domingo (15). O piloto da Gresini vinha em embate duríssimo com Francesco Bagnaia que, na tentativa de defender a posição, acabou errando — segundos depois, caiu e abandonou — e permitindo a ultrapassagem de seu compatriota. É a terceira vitória de 'The Bestia' em 2022.

Jack Miller minimizou o prejuízo de seu companheiro de equipe da Ducati ao cruzar a linha de chegada em segundo lugar. Aleix Espargaró, que se mantém vice-líder do campeonato, terminou de onde começou: na terceira posição.

O BRASIL EM DUAS RODAS

Enea Bastianini foi o mais rápido em Le Mans (Foto: Gresini)

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Fabio Quartararo contou com a sorte. Teve péssima largada, saiu de quarto para nono lugar, mas se recuperou. E, com o abandono de Pecco, conseguiu terminar na quarta colocação. Isso o faz manter a liderança do Mundial. Johann Zarco completa o top-5.

Marc Márquez, Takaaki Nakagami, Brad Binder, Luca Marini e Maverick Vinãles fecham as dez primeiras posições. A Suzuki foi a mais prejudicada na corrida. Ambos os pilotos, Joan Mir e Álex Rins, caíram e abandonaram a prova.

A MotoGP volta às pistas no próximo dia 29 de maio para o GP da Itália, em Mugello, oitava etapa da temporada 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

Saiba como foi o GP da França de MotoGP:

Apesar da previsão de tempestade, a MotoGP encontrou sol e calor para a sétima etapa da temporada 2022. Antes da largada, os termômetros indicavam 29°C, com o asfalto chegando a 36°C. A umidade relativa do ar era de 38%, com o vento soprando a 10 km/h.

Para esta corrida, o pelotão todo deixou os boxes com pneu traseiro macio, mas no dianteiro a escolha foi mais variada. Maverick Viñales, as Ducati, as Pramac e Luca Marini, as Honda, as LCR e as Suzuki optaram pelo macio, enquanto que Aleix, as Gresini, Marco Bezzecchi, as KTM, as Tech3, as Yamaha e as RNF apostaram pelos médios.

No caminho para o grid, um problema para Franco Morbidelli, que escapou da pista na Museé, a curva 7. Depois de um passeio pela brita, o ítalo-brasileio conseguiu se juntar ao pelotão e alinhar normalmente.

Depois de dois anos marcados pelo esvaziamento das arquibancadas pela pandemia de Covid-19, os promotores franceses promoveram um espetáculo e tanto. Com um campeão francês pela primeira vez na história, o pré-largada contou com show do Moulin Rouge e também uma execução da Marselhesa, o hino francês.

Antes da largada, porém, Viñales, Martín, as quatro Hondas, Mir e Bagnaia trocaram para o dianteiro médio, enquanto Brad Binder, Oliveira e Remy Gardner calçaram o dianteiro duro.

Quando as luzes se apagaram na reta de Le Mans, os 110.003 espectadores viram Miller saltar para a ponta, diante de Bagnaia, Bastianini, Rins e Aleix. Quartararo, por outro lado, saiu mal e caiu para a oitava colocação ainda nos primeiros metros.

Bastianini logo se colocou em segundo, mas levou o troco de Pecco e ainda perdeu a terceira posição para Rins, que começou a prova com um ritmo frenético. Joan Mir também vinha em quinto.

Quartararo foi tentar escalar, mas acabou tendo um encontrão com Takaaki Nakagami e não conseguiu sair do lado. A briga por ali, aliás, estava muito quente, inclusive com pedaço de moto voando. Aparentemente, um pedaço de asa de Brad Binder.

Na volta três da corrida, Rins escapou da pista, cruzou toda a área de escape, mas ao passar pela zebra, viu a traseira sambar e virou passageiro, perdendo o controle e caindo, batendo a cabeça no chão ao cruzar a pista. Apesar do susto, Álex levantou rápido e foi pegar a moto, voltando em último.

Queda de Álex Rins no início da prova (Foto: MotoGP)

Enquanto isso, Pecco chegou em Miller e passou a pressionar. Depois de uma tentativa sem sucesso, Bagnaia aproveitou uma espalhada do rival na curva 7 e tomou a ponta, de cara abrindo vantagem. Bastianini vinha em terceiro, diante de Mir, Aleix e Quartararo, que tinha avançado para a sexta colocação.

Na volta 6, Aleix errou na Museé e facilitou a aproximação de Quartararo, que passou a pressionar pela quinta colocação. O francês vinha exibindo um ritmo de prova muito forte.

No giro posterior, Raúl Fernández caiu na La Chapelle, completando o abandono total da Tech3, já que Remy Gardner também tinha tombado pouco antes. Rins, que tinha voltado para a disputa, recolheu para os boxes da Ducati.

Rodando na liderança, Pecco não escapou de Miller, que tampouco conseguiu um afastamento importante de Bastianini. O trio, porém, já tinha mais de 1s de frente para Mir, que liderava o pelotão seguinte.

Correndo em casa, Quartararo não conseguiu colar em Aleix e vinha em sexto, 0s5 atrás de catalão e com mais de 2s5 de margem para Marc Márquez, o sétimo colocado.

Se Miller não conseguia buscar Pecco, Bastianini decidiu tentar a sorte. Na volta 12, o piloto da Gresini aproveitou a La Chapelle para tomar o segundo posto e tentar buscar o líder da disputa, que já vinha 0s6 à frente. Quarto, Mir vinha 0s5 de margem para Jack e era escoltado de não muito longe por Aleix e Quartararo.

Enea, aliás, foi conseguindo colar em Pecco. Rodando num ritmo melhor, o piloto da GP21, a moto do ano passado, chegou a cortar a diferença para menos de 0s5, mas o pupilo de Valentino Rossi respondeu e conseguiu se afastar um pouquinho mais.

Restando 13 voltas para o fim, Joan Mir caiu quando rodava em quarto, mas escapou de lesões e logo foi tentar recuperar a GSX-RR. Apesar do esforço, o espanhol acabou mesmo abandonando.

Assim, Miller ganhou mais de 1s1 de vantagem no último posto do pódio, com Aleix ainda pressionado de perto por Quartararo. Marc Márquez subiu para sexto, com Johann Zarco coladinho atrás.

Lá na ponta, Bastianini parecia mais e mais perigoso para a liderança de Pecco. Os dois agora vinham completamente isolados dos demais, mas separados por só 0s197.

O bom dia das Ducati, aliás, ficou ainda melhor por conta de Johann, que passou Márquez para ser o sexto colocado. Do lado de Martín, porém, as coisas insistem em não melhorar. O espanhol caiu na curva 9, a primeira perna do 'S' Chemin Aux Boeufs e ainda viu a moto pegar fogo.

Com o passar das voltas, Aleix também ia chegando em Jack. A diferença que já tinha sido superior a 1s, agora estava em 0s8.

Na volta 21 e 27, Enea passou por dentro na chicane Dunlop e tomou a liderança, mas deixou espaço na La Chapele e permitiu o troco do Pecco. O mais experiente dos italianos, contudo, errou na freada da Garage Vert e entregou a ponta para Bastianini mais uma vez.

Pouco depois, Pecco errou mais uma vez, mas, desta vez, um erro ainda pior: uma queda entre as curvas 13 e 14 ao perder a dianteira da Desmosedici.

Bagnaia cai e abandona (Foto: MotoGP)

Assim, Enea ganhou 2s3 de folga na liderança, com Miller e Aleix promovidos ao pódio, diante de Quartararo, Zarco e Marc Márquez. Fabio, todavia, ainda tinha chance de brigar pelo top-3, já que vinha chegando no piloto da Aprilia.

Com três voltas para o fim, mais um tombo em Le Mans: desta vez de Miguel Oliveira. O português vinha em nono, mas tombou na curva 9, deixando Brad Binder como a única KTM ainda na disputa.

O tombo de Miguel, aliás, deu um belo susto em Pol Espargaró, que ficou entre o colega e a RS-GP, mas conseguiu escapar da rasteira do protótipo austríaco.

Com duas voltas para o fim, Quartararo seguia empenhado em perseguir Aleix, mas o catalão mantinha firme a terceira posição, sem dar muitas chances de aproximação ao adversário da Yamaha.

Bastianini crizou a linha de chegada na frente, diante de Jack e Aleix, que segurou Quartararo e deixou o dono da casa sem pódio.

MotoGP 2022, GP da França, Le Mans, Corrida:

1 E BASTIANINI Gresini Ducati  41min34s613 27 voltas
2 J MILLER Ducati +2.718  
3 A ESPARGARÓ Aprilia +4.182  
4 F QUARTARARO Yamaha +4.288  
5 J ZARCO Pramac Ducati +11.139  
6 M MÁRQUEZ Honda +15.155  
7 T NAKAGAMI LCR Honda +16.680  
8 B BINDER KTM +18.459  
9 L MARINI VR46 Ducati +20.541  
10 M VIÑALES Aprilia +21.486  
11 P ESPARGARÓ Honda +22.707  
12 M BEZZECCHI VR46 Ducati +23.408  
13 F DI GIANNANTONIO Gresini Ducati +26.432  
14 A MÁRQUEZ LCR Honda +28.710  
15 F MORBIDELLI Yamaha +29.433  
16 A DOVIZIOSO RNF Yamaha +38.143  
17 D BINDER RNF Yamaha +59.748  
18 M OLIVEIRA KTM Abandonou  
19 F BAGNAIA Ducati Abandonou  
20 J MARTÍN Pramac Ducati Abandonou  
21 J MIR Suzuki Abandonou  
22 R FERNÁNDEZ Tech3 KTM Abandonou  
23 Á RINS Suzuki Abandonou  
24 R GARDNER  Tech3 KTM Abandonou  

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