Leonardo Destro alcança 17 anos nas artes marciais e transforma vidas com muay thai e jiu-jitsu
Professor e competidor revela como construiu trajetória de disciplina e evolução e projeta o sonho de inaugurar a própria academia
A trajetória do professor Leonardo Destro nas artes marciais começou de forma inesperada, mas carregada de significado. Aos 13 anos, após se envolver em uma briga na escola, sua mãe decidiu matriculá-lo em aulas de Muay Thai. O destino, no entanto, reservava um caminho ainda maior, seu professor também ensinava Jiu-Jitsu, e foi assim que, em 2008, Leonardo iniciou uma jornada que, quase duas décadas depois, se consolidaria como sua grande missão de vida.
Natural de Marília, em São Paulo, Leonardo acumula 17 anos de prática ininterrupta, com uma rotina de treinos intensos que, em alguns momentos, chegava a incluir até três sessões diárias. Essa dedicação inabalável se refletiu também no lado profissional, como professor, chegou a dar até 13 aulas por dia no formato de personal fight, provando que ensinar e transmitir conhecimento se tornaram para ele uma vocação tão forte quanto competir.
Durante a pandemia, quando as aulas coletivas foram suspensas, surgiu a oportunidade de ministrar treinos individuais, na casa dos próprios alunos. O que parecia uma alternativa temporária se transformou em um novo método de trabalho.
- Foi diferente, mas conseguimos adaptar. Depois, quando voltamos à academia, percebi que a evolução era ainda melhor e o aluno ficava mais empolgado com seu progresso - afirmou o professor.
Essa experiência permitiu que Leonardo desenvolvesse uma metodologia própria, voltada para respeitar o ritmo de cada praticante, do iniciante ao avançado.
- Priorizo sempre a evolução do aluno dentro das condições dele. A cada adaptação, ajustamos o treinamento. Meu foco é que todos evoluam sem se machucar, mantendo integridade física e longevidade no esporte - pontuou.
Essa visão faz com que seus alunos vejam nas artes marciais não apenas uma atividade física, mas uma ferramenta de autodescoberta e disciplina para a vida.
Além de professor, Leonardo também construiu uma história relevante como competidor. Participar de campeonatos, para ele, foi um divisor de águas. Mais do que buscar vitórias, o objetivo era o aprendizado.
- A competição exige sacrifício, abrir mão de sair, seguir dieta à risca, trabalhar o psicológico. Tudo isso foi fundamental para minha evolução e hoje consigo transmitir essa mentalidade para os meus alunos, muitos deles já competindo mesmo no personal - comentou.
Entre os momentos mais marcantes de sua carreira está o combate contra o campeão mundial Kaynan Duarte, em que foi superado apenas por uma vantagem mínima.
- Foi uma das lutas mais inesquecíveis da minha trajetória, uma verdadeira honra - ressaltou.
Esse tipo de experiência moldou não apenas sua técnica, mas sua forma de encarar os desafios dentro e fora dos tatames. Sua sede de evolução o levou a atravessar fronteiras. Nos Estados Unidos, Leonardo treinou em duas academias de referência mundial, a do lendário Ronaldo Jacaré e a MV BJJ. A vivência internacional reforçou sua percepção do tamanho que o Jiu Jitsu e o Muay Thai têm alcançado globalmente.
- Hoje o esporte está dominando o mundo. E nós, brasileiros, precisamos valorizar ainda mais os nossos professores, que carregam uma tradição riquíssima - destacou.
Ele ainda ressalta a importância de ter recebido a graduação da faixa preta de Alexandre Nascimento Oliveira e Marcio Santilli. Pois Alexandre está na seleta lista de 100 nomes deixada pelo mestre Carlson Gracie dos faixas pretas.
Mais do que um atleta e professor, Leonardo se tornou também um exemplo para seus alunos. Ele acredita que a verdadeira essência das artes marciais vai além da técnica, está na disciplina, no respeito, no autocontrole e na transformação pessoal. Muitos de seus alunos chegam em busca de condicionamento físico e acabam descobrindo um novo estilo de vida.
- O Muay Thai e o Jiu Jitsu podem mudar o corpo, mas também moldam a mente. Essa é a maior conquista que um professor pode proporcionar - lembrou.
Com 17 anos de estrada, Leonardo agora mira o futuro. Seu grande sonho é inaugurar a própria academia, um espaço que não será apenas para treinar, mas para formar pessoas e transmitir valores.
- Quero implantar uma metodologia que retenha os alunos a longo prazo, para que eles não pratiquem apenas por uma fase, mas adotem as artes marciais como estilo de vida. Esse será o meu legado - finalizou.
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