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Lutas

'Eu sou a maior lutadora do UFC e ninguém vai tirar os meus cinturões', diz Amanda Nunes

Campeã dos pesos pena e galo revela ao 'Estado' quais são as estratégias para seguir garantindo o nome do Brasil no topo do Ultimate

14 out 2019 - 11h11
(atualizado em 15/10/2019 às 15h40)
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Desde que se tornou a primeira mulher com dois cinturões do UFC, todos os holofotes estão sobre Amanda Nunes. A brasileira, campeã dos pesos pena e galo, se considera a maior lutadora da organização e tem a convicção de que nenhuma adversária atual é capaz de tirar os seus títulos. Para seguir fazendo história e garantindo o nome do Brasil na lista de campeões do Ultimate, Amanda tem pela frente revanche contra a holandesa Germaine de Randamie, marcada para 14 de dezembro, no UFC 245, em Las Vegas (EUA).

Em entrevista ao Estado, ela revela quais são as estratégias para seguir com os seus cinturões, como está sua relação com Dana White, o chefão da modalidade, e os seus próximos planos para a vida pessoal e profissional.

Amanda Nunes comemora vitória sobre Holly Holm no UFC.
Amanda Nunes comemora vitória sobre Holly Holm no UFC.
Foto: Stephen R. Sylvanie / USA TODAY Sports / Reuters

Você se considera a maior lutadora do UFC?

Sim. É provado que sou a maior lutadora do UFC. Fico muito feliz em estar levando o nome do Brasil e continuar seguindo no topo da organização.

Ninguém é capaz de tirar os cinturões das suas mãos?

Ninguém vai tirar os meus cinturões. Acredito que estou evoluindo e aprendendo com os meus erros para ninguém conseguir enxergá-los nas lutas ou fazer estratégias para me vencer. Estou me policiando. E repito que ninguém vai tirar esses títulos de mim.

Sente que está realizada após se tornar a primeira mulher com dois títulos da organização?

Realmente estou me sentindo realizada. Trabalhei bastante para chegar nesse momento e hoje estou colhendo os frutos de toda a dedicação e entrega ao esporte. Hoje, posso dividir com vocês esse momento da minha vida que é muito importante.

Você já está se preparando para enfrentar a Germaine de Randamie?

Ainda preciso sentar com meus coaches e fazer a estratégia da luta, pensar em tudo direitinho. Mas estou muito bem, me sentindo bem. O mais importante é que estou feliz e a felicidade traz a tranquilidade que você precisa para encarar qualquer problema na vida. Estou muito bem para essa luta.

Agora que você vai defender o cinturão dos galos, como está em relação ao peso?

Eu subi um pouco de peso depois da luta com a Cyborg, então descer de categoria é um problema para mim, mas faço um trabalho para "apertar" um pouco a dieta. Não posso comer tanto arroz, feijão e farinha. Chocolate também é um ponto fraco, sou chocólatra, mas da para organizar tudo direitinho e chegar bem.

Quantas lutas ainda restam no seu contrato com o UFC?

Apenas posso falar que estou bem com o UFC e afirmar que sempre vou lutar pelo UFC (a entidade pede para que ssuntos de contrato não sejam revelados)

O seu desejo é sempre lutar pelo UFC, mas já pensa na aposentadoria?

Vou lutar até quando o meu corpo aguentar. É o meu corpo que vai me falar quando preciso parar. Por enquanto, estou bem.

Como define a sua relação com o Dana White, chefão da modalidade?

Eu defino a minha relação com o Dana como pai e filha. Nós sempre fomos próximos, mesmo antes dos cinturões. Teve um momento em que a nossa relação deu uma estremecida, mas conversamos e colocamos tudo no lugar. É realmente como pai e filha e acredito que a conversa é a chave de tudo. Se você conseguir conversar, você chega longe e consegue colocar tudo no lugar. Está tudo bem agora.

Apesar da Cris Cyborg ter acertado a saída do UFC, acredita que ainda vai enfrentá-la?

Vou enfrentar se ela retornar para o UFC, porque sempre vou ser lutadora do UFC. Se ela voltar, tenho certeza de que estarei aberta para lutar novamente.

Atualmente você mora nos Estados Unidos e não vem com frequência ao Brasil. Pretende mudar essa rotina?

Agora estou retornando mais para o Brasil e ficando boa parte do meu tempo com a minha família. Pretendo aproximar ainda mais essa relação. Mas não me vejo morando no Brasil novamente. Tenho uma vida, rotina e estrutura lá fora.

Você e a Nina Ansaroff, sua companheira, já tinham comentado sobre o planejamento de ter um filho. Pretende dar uma pausa na carreira quando isso acontecer?

Nina faz parte de tudo o que está acontecendo na minha vida. Ela também é lutadora e entende bastante isso. Ela é quem está do meu lado para tudo e me apoia. Nós estamos felizes. Temos planos para o futuro e logo vocês vão ver uma "Amandinha" correndo por aí. Foi ela que decidiu dar uma pausa na carreira e juntas estamos passando por esse processo de ter um filho. Posso te falar que é bem legal e diferente. Tem muita coisa envolvida, como psicólogo e hormônios. Realmente é muita coisa.

Tem uma data específica para o término do tratamento da Nina?

Ela já está no fim do tratamento. Está tudo perfeito. Daqui para o fim do ano nós vamos saber. Acredito que antes da minha luta, já sei se ela estará grávida ou não. E esse resultado é mais uma motivação para mim. Quero que meu filho ou filha veja as minhas lutas.

Estadão
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