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Perdido? Em um mês, Flu de Oswaldo regride no ataque e piora na defesa

Números mostram que o Tricolor perdeu ofensividade e aumentou a média de gols sofridos

23 set 2019 - 08h06
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"Vamos, vamos lá". Foram com essas palavras que Oswaldo de Oliveira tentou ajustar o Fluminense na parada técnica, aos 30 minutos do segundo tempo contra o Goiás, quando o seu time já estava perdendo por 2 a 0. Na ocasião, apenas uma alteração tinha sido feita pelo técnico, que colocou Marcos Paulo no lugar de Yuri.

Oswaldo de Oliveira ainda não conseguiu fazer o Fluminense emplacar (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
Oswaldo de Oliveira ainda não conseguiu fazer o Fluminense emplacar (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
Foto: Lance!

Aos 35, o Tricolor passou a ter um jogador a mais, motivando uma ação do técnico sete minutos depois, quando colocou Lucão na vaga de Frazan. Em vez de diminuir o placar, o Tricolor acabou levando mais um gol e o jogo terminou 3 a 0 para o Goiás, rival direto contra o rebaixamento, que não vencia há três rodadas. O detalhe é que havia mais uma mexida para se fazer.

Os fatos relatados até aqui já seriam suficientes para demonstrar o quanto o comando técnico do Fluminense parece perdido em meio a luta para se manter na Série A. Com um pouco mais de um mês no Fluminense, Oswaldo de Oliveira ainda não deu uma cara ao time, que piorou consideravelmente, principalmente no aspecto ofensivo.

TABELA

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Em seis jogos sob o comando do treinador, o Fluminense passou a metade sem balançar as redes, justamente nas derrotas para Avaí, Palmeiras e Fortaleza. Ao todo, marcou apenas três vezes, mudando a característica da equipe treinada por Fernando Diniz, que se caracterizava por fazer muitos gols.

A escassez de gols se explica pela queda no número de finalizações. Nas seis partidas em que Oswaldo esteve à beira do campo, apenas contra o Avaí, o Fluminense chutou mais a gol. No restante dos jogos, Muriel sempre trabalhou mais que os goleiros adversários:

Fluminense 1 x 1 Corinthians (Sul-Americana)

6 - finalizações no alvo - 5

4 - finalizações para fora - 11

Fluminense 0 x 1 Avaí

10 - finalizações no alvo - 3

14 - finalizações para fora - 4

Fortaleza 0 x 1 Fluminense

10 - finalizações no alvo - 5

9 - finalizações para fora - 2

Palmeiras 3 x 0 Fluminense

9 - finalizações no alvo - 1

6 - finalizações para fora - 11

Fluminense 1 x 0 Corinthians (Brasileiro)

2 - finalizações no alvo - 4

9 - finalizações para fora - 7

Goiás 3 x 0 Fluminense

6 - finalizações no alvo - 2

7 - finalizações para fora - 7

Se o ataque piorou, a defesa, que é o grande problema da equipe, segue irregular. Com Oswaldo, o Fluminense não levou gols em dois jogos, marca que já supera a de seu antecessor no Campeonato Brasileiro, que saiu de campo sem ser vazado apenas uma vez, no empate diante do Flamengo, em 0 a 0. No entanto, o time continua levando gols.

São oito no total, média 1,3 por partida, contra 1,1 dos tempos de Diniz, que comandou o Tricolor em 44 jogos, com 48 gols sofridos. Apesar dos números mostrarem que o time regrediu, Oswaldo de Oliveira mantém o otimismo, afirmando que vai

- Faz um mês que cheguei e esse foi o sétimo jogo (ele deve contar o jogo em que Marcão comandou o time). Aconteceu comigo em outras equipes de perder o sétimo jogo, mas ganhar os seis anteriores. Tem muitas situações que a gente não consegue resolver com um mês de trabalho e sem poder fazer as escolhas que se gostaria. Tento solucionar e fazer o melhor que eu posso. Todos estamos empenhados em melhorar o time.

A melhora no desempenho precisa ser urgente. Afinal de contas, o Fluminense retornou para a zona de rebaixamento. Com 18 pontos, o Tricolor ocupa a 17ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro e lidera quesitos alarmantes, como ser o time que mais perdeu, ao lado da Chapecoense com 12 derrotas, e possuindo a segunda defesa mais vazada, com 32 gols sofridos. A Chape levou 33.

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