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Mudanças sacrificam Ganso e meia sofre para se readaptar ao Flu

Estilo de jogo anterior foi montado e moldado muito em função das característica do meia. Com a queda de produção, torcida vem pegando no pé do camisa 10

6 set 2019 - 08h04
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Assim como o Fluminense, Paulo Henrique Ganso também não vive um bom momento na temporada. Bastante festejado em sua chegada ao clube e um dos grandes destaques do time comandado pelo técnico Fernando Diniz, o meia foi o escolhido pelo torcedor para ilustrar a má fase do Tricolor em campo. Curiosamente, o litígio com a torcida, que o vaiou nos últimos dois jogos, começou justamente após a demissão do antigo treinador.

Apesar do pouco tempo sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o Fluminense já mudou a maneira de jogar. Com Diniz, o Tricolor atacava em blocos, priorizando a posse de bola e a paciência para achar os espaços. O atual é mais vertical, busca mais a bola longa e tenta concluir as jogadas com mais velocidade. A mudança afetou diretamente o futebol de Ganso, que estava totalmente adaptado ao estilo do antecessor. Na verdade, o meia era uma espécie de personificação da própria filosofia do jogo dentro de campo, justamente por ser um jogador mais cadenciado.

TABELA

Ganso foi vaiado nos últimos dois jogos do Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense)
Ganso foi vaiado nos últimos dois jogos do Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense)
Foto: Lance!
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Ao compararmos os números de Ganso contra CSA e Avaí, que foram jogos com características parecidas, a diferença é bem latente. No último jogo de Diniz, o meia acertou um lançamento, deu 82 passes (seis errados) chutou cinco vezes (em quatro errou o gol), fez um desarme e deu seis assistências para finalizações de companheiros. Já na última segunda-feira, errou um lançamento, deu 71 passes (cinco errados) e deu dois chutes para fora. Os dados foram coletados do site FootStats.

Um outro aspecto que deve ser levado em consideração na queda de rendimentos foi a ausência de Daniel ao seu lado no meio-campo. O "motorzinho", foi barrado para a entrada de Nenê, que possui características mais ofensivas. Com isso, Ganso ficou sobrecarregado na marcação, atuando como uma espécie de segundo volante. O mapa de calor mostra que o jogador esteve menos no campo de ataque, tendo que perseguir mais o adversário.

Mapa de calor contra o Avaí (esquerda) e CSA (direita) (Footstats)

Apesar do momento ruim dentro de campo e com as críticas dos torcedores, Ganso é um dos líderes do elenco, tratado por todas como o grande craque do time. O goleiro Muriel saiu em defesa do companheiro, afirmando que não falta empenho por parte do meia.

- A gente fica chateado pelo companheiro, mas a torcida só cobra quem tem potencial e o Ganso é um dos melhores jogadores do Brasil. É um craque e todos sabem da história dele. A gente vê no dia a dia ele treinando, se dedicando e tem todo o nosso apoio.

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