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Jogos Panamericanos 2011

Estudante sonha com Rio 2016 após bronze no Pan de Guadalajara

11 nov 2011 - 08h44
(atualizado às 08h54)
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A dura rotina de treinos e viagens somada à vida acadêmica cansa, mas estimula Gabriela Leme, de 20 anos de idade. A aluna do segundo ano de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cásper Líbero e medalha de bronze com a Seleção Brasileira de polo aquático nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara planeja seguir com a vida atribulada nos próximos anos, pensando já em sua participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.

Gabriela Lemos (ao fundo) comemora medalha de bronze com colegas de equipe
Gabriela Lemos (ao fundo) comemora medalha de bronze com colegas de equipe
Foto: Sátiro SodréAGIF / Divulgação

A Seleção não está classificada para as Olimpíadas de Londres 2012. No Pré-olímpico Mundial, na Itália em abril, a equipe tem poucas chances de conquistar uma das três vagas dadas pelo torneio. No Rio, como país-sede do evento, o Brasil tem representantes garantidos em todas as modalidades.

"Agora é treinar para as Olimpíadas de 2016, não que a gente vá ganhar alguma coisa, ainda estamos longe das principais seleções, mas é para não fazer feio em casa", diz a atleta, que também disputou o Mundial de Xangai, em que o Brasil ficou na 14ª colocação. "A gente foi para Guadalajara com meninas bem novas, já investido nisso", completa. A medalha de bronze no Pan do México foi conquistada em uma vitória apertada por 9 a 8 sobre Cuba, na decisão do terceiro lugar. O resultado foi uma vingança das brasileiras, que ficaram sem medalha no Rio de Janeiro 2007 após uma derrota justamente para a equipe do Caribe, diante da torcida carioca.

"Foi um jogo bem apertado, teve uma parte que ficou 4 a 3 para elas e eu estava no banco desesperada, pensando 'meu Deus, e agora?', mas depois a gente abriu vantagem. No final, elas encostaram, mas a gente sabia que o jogo era nosso", recorda. "O nosso técnico era o mesmo no Rio e ele passou essa energia para a gente, estava todo mundo bem motivado", explica.

Gabriela só não conseguiu aproveitar sua primeira participação em Jogos Pan-americanos para conhecer e tietar atletas de outras modalidades. Até a conquista da medalha, o tempo em Guadalajara era dividido entre treinos e repousos. Contato com outros esportistas, apenas na sala de convivência dos brasileiros na Vila Pan-americana e no refeitório.

"Na verdade, sou bem desinformada. As meninas até brincam que não parece que sou atleta, porque não conheço ninguém de outros esportes", diverte-se a atleta do clube Paulistano. "Vi a Daiane dos Santos, que é bem famosa, o Diego Hypolito e o Romário do futebol comentarista da Record , foi bem interessante".Nem bem voltou de Guadalajara com a medalha de bronze no pescoço, a futura publicitária corre para recuperar o tempo perdido na faculdade. Durante o período de treinos antes do Pan, na Califórnia, ela fazia os trabalhos e mandava para os integrantes de seus grupos pela internet. Agora ela se prepara para as apresentações.

"Quando eu estava no Pan, os professores devolveram os trabalhos, falaram para cada um arrumar o que estava errado. Cheguei aqui e arrumei para a entrega", diz. As faltas nas aulas durante as viagens com a Seleção Brasileira são abonadas pela faculdade. "Graças a Deus, se não já tinha repetido".O talento esportivo de Gabriela também já rendeu frutos à Cásper Líbero. Nos Jogos Universitários de Comunicação e Artes de 2010, em Araraquara, ela competiu na natação e conquistou a medalha de ouro. Neste ano, estava viajando com a equipe nacional e não pôde participar da campanha da faculdade, campeã pela primeira vez do torneio entre estudantes.

"Eu gostei, o pessoal da faculdade torceu e é gostoso quando você ganha uma medalha. Mas é uma cobrança completamente diferente, não chega nem perto de jogar um campeonato internacional", afirma a atleta, com passagens pelas Seleções de base antes de integrar a adulta.

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