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Olimpíada 2016

Aos 23 anos, Laís Nunes exalta participação no Rio 2016 após eliminação

18 ago 2016 - 13h44
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Eliminada logo na fase de classificação ao perder para a turca Hafize Sahin na categoria até 63kg da luta estilo livre feminina, a brasileira Laís Nunes se despediu dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com sentimento de satisfação, ao se tornar a representante mais jovem do Brasil na modalidade.

"Muito feliz por ter chegado até aqui aos 23 anos, isso já é uma grande vitória, principalmente para o meu esporte, que não é tão conhecido no Brasil. Conquistei a minha vaga, fui lá fora e tive que brigar por ela. Não tem como explicar a sensação dessa vitória, independente dessa derrota que eu tive agora. Muitas coisas boas virão", comentou.

Após a derrota, Laís deixou o tapete da Arena Carioca 2 chorando e precisou acompanhar a trajetória da algoz. Caso Sahin chegasse à final, a brasileira ganharia uma vaga na repescagem e lutaria pela medalha de bronze, o que não aconteceu.

"O atleta tem muitas emoções ao mesmo tempo, o meu foi de frustração porque treinei muito para chegar aqui e ter um bom resultado. Hoje é o dia de chorar, desabar, mas amanhã vou sacudir a poeira e seguir em frente", explicou.

Apesar do resultado, a brasileira considerou histórica a participação do país na luta livre nesta edição do megaevento. O Brasil conta com cinco representantes no Rio de Janeiro, o maior número de sua história, sendo quatro mulheres e um homem.

"É uma vitória muito grande. O país classificou cinco pessoas, nas outras Olimpíadas só conseguia classificar um. A gente lutou muito para chegar aqui, então isso já é histórico. É um esporte que o mundo inteiro pratica, mas que não é muito conhecido por aqui. Esse apoio da torcida e poder representar a luta olímpica em casa vai ajudar bastante a desenvolver o esporte no país", disse.

Com a missão terminada no Rio de Janeiro, a lutadora agora só pensa em voltar a Goiás para rever a família e descansar após o desgaste do ciclo olímpico.

"Quero ir para casa, estou há muito tempo sem ver a minha família, e comer a minha pamonha em paz. Quero compartilhar com a família todos os momentos que eu vivi aqui. Apesar da derrota, eu vivi coisas que, para quem saiu lá do interior de Goiás, é uma vitória que não tem nem como explicar", expressou.

EFE   
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