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Ginástica

Ginasta revela abuso sexual de médico dos EUA

22 nov 2017 - 15h13
(atualizado às 15h41)
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Tricampeã olímpica, a ginasta americana Gabby Douglas revelou através das redes sociais que também sofreu abuso sexual pelo então médico da equipe de ginástica estadunidense, Larry Nassa. Após McKayla Maroney e Aly Raisman, Gabby é a terceira vítima a denunciar Larry Nassar.

Ginasta Gabby Douglas
Ginasta Gabby Douglas
Foto: Nicholas Hunt / Getty Images

Após Aly vir a público, Gabby comentou sua publicação, criticando a colega e afirmando que as mulheres não deveriam se vestir 'de maneira provocativa'. Poucos dias depois, Douglas apagou a postagem. Nesta terça-feira, ela publicou um pedido formal de desculpas a Aly e no meio da mensagem, revelou também ter sofrido abusos e disse que não tinha compartilhado nada até hoje porque foi condicionada a manter o silêncio diante destas situações: "Eu não compartilhei publicamente minhas experiências, bem como muitas outras coisas, porque durante anos fomos condicionados a ficar em silêncio e honestamente algumas coisas foram muito dolorosas".

"Eu sei que não importa o que você usa, isso não dá o direito de ninguém abusar de você. Seria como dizer que, por causa dos collant que usávamos, a culpa foi nossa de termos sido abusadas por Larry Nassar", escreveu e reiterou o apoio "de todo coração" às suas companheiras de equipe para que revelem o que aconteceu com elas.

 

please hear my heart

Uma publicação compartilhada por Gabby Douglas (@gabbycvdouglas) em

A ginasta tornou-se mais uma adepta do movimento #MeToo (eu também, em português) ganhou força nas redes sociais contra Larry Nassar, ex-médico da equipe dos Estados Unidos de ginástica artística que é acusado de abusar sexualmente de mais de 100 ginastas. Incentivada pela campanha, a medalhista olímpica McKayla Maroney, revelou que foi uma das vítimas de Nassar, molestada quando tinha apenas 13 anos. Em seguida, foi a vez da campeã olímpica, Aly Raisman, também denunciar o médico.

Larry Nassar está preso em Grand Rapids, em Michigan, nos EUA. No próximo dia 27 de novembro, ele vai receber a sentença por uma acusação de pornografia infantil e pode pegar 60 anos de prisão - em um acordo com a promotoria, se declarou culpado e se livrou de uma das acusações de pedofilia. O médico ainda encara pelo menos mais 22 acusações de abuso sexual e pode pegar prisão perpétua. A US Gymnastics e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos estão sendo processados por pais de ginastas e ex-ginastas que acusam as entidades de acobertar as ações do médico.

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