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Veja como Pelé, há 40 anos, chegou ao milésimo gol

19 nov 2009 - 10h42
(atualizado às 15h13)
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Foram 1281 gols no total de 1375 jogos, mas nenhum desses gols foi tratado tal qual um evento extraordinário como o milésimo. Foi exatamente há 40 anos, em 19 de novembro de 1969, que Pelé atingiu quatro dígitos de bolas nas redes. Contra o Vasco, no Maracanã, de pênalti, com todo o mundo sentado no sofá para assistir.

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Reveja gol mil de Pelé com áudio original:

Para comemorar o feito, o Terra listou, centena a centena, cada uma das façanhas de Pelé. Contra qual adversário aconteceu? Foi pelo Santos ou pela Seleção? Em quais circunstâncias?

Viaje no tempo e conheça mais essa história a respeito do homem de Três Corações, o Rei do Futebol, Atleta do Século. Também conhecido como Edson Arantes do Nascimento. Confira:

Gol 100 - 31/07/1958 - Santos 1 x 1 Comercial

No Campeonato Paulista de 1958, Pelé não foi modesto e marcou 58 gols, marca jamais superada por qualquer outro jogador. De quebra, contra o Comercial de Ribeirão Preto, fez o centésimo da carreira, logo após o título na Copa do Mundo. Aos 18 anos.

Gol 200 - 11/06/1959 - Santos 6 x 0 Hamburgo (ALE)

Em excursão pela Europa, o Santos viajou até Hamburgo, mas não foi lá muito cortês com os alemães. Pelé chegou ao gol 200 menos de 11 meses após o gol 100, na temporada em que seu instinto matador esteve mais aguçado: em 1959, foram 127 gols em 103 jogos.

Gol 300 - 12/05/1960 - Santos 2 x 2 Inter de Milão (ITA)

Em amistoso com a Seleção Brasileira, Pelé completou a terceira centena de gols mais uma vez perto de 11 meses. Foi contra a Inter de Milão, pouco tempo antes da chegada do mítico treinador espanhol Helenio Herrera.

Gol 400 - 28/06/1961 - Santos 3 x 0 AEK (GRE)

Entre o Torneio Rio-São Paulo e o início do Campeonato Paulista, o Santos fez mais uma excursão de 15 jogos para a Europa. No final, enfrentou os três grandes gregos, e Pelé deixou sua marca contra o AEK. Depois, voltou ao Brasil e ganhou o bicampeonato estadual.

Gol 500 - 05/09/1962 - Santos 5 x 2 Botafogo-SP

Aqui, há polêmica: no dia 02 de setembro, Pelé marcou duas vezes contra o São Paulo e comemorou a chegada ao gol 500. Tempos depois, uma recontagem mostrou que, na verdade, em 25 de maio de 1960, um gol marcado por Coutinho, contra a seleção polonesa, foi creditado a Pelé. Sendo assim, o gol 500 passou a ser o seguinte, que aconteceu no dia 05 de setembro, contra o Botafogo de Ribeirão Preto.

Gol 600 - 11/09/1963 - Santos 2 x 1 Boca Juniors-ARG

Nada de amistoso ou jogo sem importância. Foi em La Bombonera, na finalíssima da Copa Libertadores de 1963, que Pelé chegou ao gol 600. O Santos havia vencido por 3 a 2 no Maracanã e garantia o título com um empate. Mas aos 37min do segundo tempo, o dono da camisa 10 matou os argentinos de vez. Recebeu de Coutinho, driblou um adversário e chegou a seis centenas de gols na carreira.

Gol 700 - 18/04/1965 - Santos 5 x 2 Fluminense

Em 65, o Santos vivia um momento um pouco complicado e tinha a classificação ameaçada no então prestigiado Torneio Rio-São Paulo. Pelé e sua trupe foram ao Maracanã, venceram o Fluminense por cinco - o Rei marcou um, o de número 700 na carreira. Apesar disso, os santistas foram eliminados.

Gol 800 - 21/06/1966 - Brasil 5 x 3 Atlético de Madrid-ESP

Já na Europa em preparação para a Copa do Mundo na Inglaterra, a Seleção Brasileira viajou a Madri para enfrentar o Atlético. Faltavam três gols para Pelé chegar ao 800, mas quem disse que isso era obstáculo? O camisa 10 tratou de fazer três vezes em vitória por 5 a 3.

Gol 900 - 21/06/1968 - Santos 4 x 2 Napoli

A média de gols por temporada já não era a mesma do início de carreira e Pelé demorou exatamente dois anos para conseguir mais 100 gols e atingir a última centena antes do milésimo. Em 66, por conta de lesão e da longa preparação para a Copa, só disputou 51 partidas e marcou 42 vezes. No ano seguinte, 65 jogos e 55 gols. Já em 68, foram 82 jogos e 59 gols. O de número 900 veio em amistoso contra o Napoli.

Gol 1000 - 19/11/1969 - Santos 2 x 1 Vasco

A contagem para o gol mil entrou em fase final desde que Pelé arrasou a Portuguesa e marcou quatro vezes, em 15 de outubro. Fez mais dois diante do Coritiba (22/10), passou em branco contra o Fluminense (26/10) e fez um contra o Flamengo (01/11). Repare que o Santos jogou quatro vezes em nove dias...

Então, só faltavam quatro gols. Veio o Corinthians (04/11), a maior vítima de Pelé, mas ele passou em branco. Contra o São Paulo (09/11), também. A ansiedade aumentou com dois gols na vitória contra o Santa Cruz (12/11) e com mais um diante do Botafogo paraibano (14/11), só faltava o milésimo. Salvador parou para receber o Santos, no dia 16/11, mas também não foi dessa vez, contra o Bahia.

O evento precisava acontecer de forma apoteótica e não havia melhor palco que o Maracanã. O adversário era o Vasco e o empate em 1 a 1 persistia. A tensão pairava no ar, até que o zagueiro vascaíno Fernando derrubou Pelé e o árbitro Manoel Amaro de Lima marcou a penalidade, já depois dos 30min do segundo tempo.

O mundo então parou e a combinação perfeita: Pelé, a camisa 10 e a bola. O gol, às 23h23min, aconteceu, apesar do salto elástico do goleiro Andrada, e deu sequência a uma emocionada volta olímpica e um discurso marcante pedindo atenção às crianças e às pessoas pobres.

Pelé ainda faria o gol 1100, no dia 1º de maio de 1972, contra o Cagliari, em amistoso com o Santos. Em 23 de janeiro de 74, o 1200, contra o Fortaleza. E o último de todos, o 1281, no dia 21/07/1983. Ele já estava aposentado desde 1977, quando largou o New York Cosmos, mas participou de jogo comemorativo entre Seleção do Sudeste e Seleção do Sul e marcou uma vez.

Fonte: Redação Terra
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