Do grito de campeão ao choro da eliminação: torcida do Botafogo lotou a Praia de Copacabana
Clube carioca acabou eliminado pelo Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes
A torcida do Botafogo transformou as areias de Copacabana, no Rio de Janeiro, em arquibancada neste sábado, 28, durante a partida contra o Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. A cerca de 7.700 km do estádio na Filadélfia, onde o time entrava em campo, centenas de botafoguenses se reuniram para acompanhar o jogo em clima de decisão. O início foi de empolgação, teve até gritos de campeão e a expectativa alta por uma classificação inédita. Mas o gol de Paulinho, na prorrogação, virou o cenário de festa em silêncio e frustração.
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Antes da bola rolar, Igor Jesus era visto como a principal esperança ofensiva e citado com frequência nas rodas de conversa como o provável autor do gol da vitória. Quando Alexander Barboza desarmou um ataque palmeirense com firmeza logo aos 10 minutos, a comemoração veio em forma de latido coletivo: “rouf, rouf”, imitaram os torcedores, em coro.
Mas, aos poucos, o ambiente foi ficando mais tenso. O domínio do Palmeiras no primeiro tempo e a frequência com que Barboza aparecia para apagar incêndios defensivos deixaram claro que o jogo era mais difícil do que se previa. No intervalo, entre uma hidratação e outra sob o calor de quase 30 graus, os torcedores voltaram a se animar cantando em uníssono Tempo de Alegria, música que embalou a campanha histórica do clube em 2024, quando conquistou a Libertadores e o Brasileirão.
O segundo tempo, no entanto, acendeu o sinal de alerta. A saída de Jair foi sentida e lamentada por todos que assistiam. O Palmeiras cresceu e a torcida passou a pedir mais presença ofensiva. O jogo foi para a prorrogação com o placar zerado, mas a confiança dava sinais de desgaste.
O golpe final veio aos 9 minutos do segundo tempo da prorrogação, quando Paulinho fez o gol da vitória palmeirense após driblar Marlon Freitas e finalizar com desvio em Kaio, substituto de Jair. O silêncio foi imediato. Não houve vaias, protestos ou mesmo reações de raiva. A torcida ficou paralisada. Alguns torcedores choraram ainda com a bola rolando.
No apito final, o sentimento era de decepção. Houve poucos aplausos. A maioria deixou Copacabana em silêncio, com semblante abatido. “Se tivesse perdido jogando mais, era diferente”, disse um torcedor. O tom geral era de frustração com o desempenho do time, e não só com o resultado.
Apesar da eliminação, muitos torcedores destacaram que o Botafogo deve seguir competitivo em 2025. A presença massiva nas areias da Zona Sul carioca mostra que, mesmo com a derrota, a conexão entre time e torcida continua forte. O sonho do título mundial ficou pelo caminho, mas a temporada ainda promete novos capítulos.

