Morre em Catanduva o ex-meia Brecha, autor do "gol da zebra milionária"

O ex-meia Brecha, que teve a melhor fase de sua carreira defendendo o Juventus-SP na década de 70, morreu na madrugada deste sábado, aos 63 anos, na cidade paulista de Catanduva, vítima de tumor no cérebro.

A doença persistia há um ano e meio e Brecha já havia sido operado, mas o reaparecimento do tumor gerou um derrame cerebral, que acabou ocasionando sua morte. O sepultamento acontece a partir das 17h (de Brasília) no Cemitério Monsenhor Albino, em Catanduva.

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Moacir Bernardes Brida nasceu em Itajobi-SP, em 12 de julho de 1948 e se profissionalizou no futebol cedo, aos 17 anos. Além do Juventus, equipe na qual foi ídolo, Brecha atuou em clubes como Catanduvense, Guarani, Sertãozinho e Santos, ainda em meados dos anos 70.

Esperança do time praiano após a saída de Pelé para o Cosmos-EUA, em 74, o jogador conquistou a torcida vestindo a camisa 8 e se destacando pela visão de jogo e principalmente pela característica batida na bola, uma de suas marcas registradas.

No entanto, o grande episódio de sua carreira aconteceu dois anos antes, exatamente em um sábado: com um gol de Brecha, o Juventus venceu o Corinthians, que era considerado o grande favorito para um duelo de abril de 72.

Essa partida contava para os resultados da loteria esportiva, que teve apenas um acertador, o "Dudu da Loteca", que se tornou milionário do dia para a noite. O episódio ficaria conhecido como "o gol da zebra milionária".

Brecha defendeu a Seleção Brasileira, entre 72 e 73, mas acabou não fazendo parte do grupo que disputou a Copa do Mundo na Alemanha Ocidental.

O ex-jogador foi professor de Educação Física na cidade de Arariranha-SP, onde ainda era proprietário de uma escolinha de futebol. Ele deixa três filhos e dois netos, além do irmão Brida, que também foi jogador de futebol e ídolo do Juventus.