Distúrbios em jogos entre brasileiros e vizinhos se acentuam
As cenas de violência protagonizas por torcedores do Nacional, do Uruguai, na noite de quinta (10) no Engenhão, quando foram destruídas mais de 200 cadeiras de um setor das arquibancadas, são cada vez mais presentes em jogos que reúnem times brasileiros e vizinhos do continente. Isso se verifica tanto na Libertadores quanto na Sul-Americana.
No Engenhão, a torcida do Nacional ficou revoltada com a eliminação da equipe na partida em que o Botafogo venceu por 2 a 0 e avançou para as quartas de final da competição. Com o jogo encerrado, um grupo começou a depredação. Vários acabaram detidos e pelo menos sete ficaram feridos em confronto com policiais militares e seguranças contratados pelo clube carioca.
Em abril, o Palmeiras derrotou o Peñarol, também do Uruguai, por 3 a 2, em Montevidéu. A partida era válida pela fase de grupos da Libertadores e terminou em confusão após uma falta desleal de Felipe Melo num adversário. A partir disso, houve uma briga generalizada em campo, que se espalhou pela arquibancada.
Um grupo de palmeirenses ficou acuado sem nenhuma proteção e sob sério risco de se ver diante de uma invasão dos torcedores do Peñarol, em muito maior número. As imagens mostradas pela TV mostravam claramente a ameaça de um massacre no estádio, o que, por pouco, não ocorreu.
No mesmo mês, houve pancadaria envolvendo torcedores do Universidad do Chile que foram a São Paulo para acompanhar jogo com o Corinthians, pela Sul-Americana. Antes mesmo de a bola rolar, dezenas deles quebraram cadeiras da arquibancada e as arremessaram contra os corintianos. A Polícia Militar então interveio e o estádio em Itaquera presenciou minutos de muita tensão. No final, 26 torcedores foram presos e sete pessoas se feriram.