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Campeonato Espanhol

"Maior responsável" por crise, Martino fala em tom de adeus

4 mai 2014 - 09h06
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<p>Gerado Martino não deve permanecer no Barcelona para a próxima temporada</p>
Gerado Martino não deve permanecer no Barcelona para a próxima temporada
Foto: EFE

Gerardo Martino acusou o golpe. Logo depois do melancólico empate por 2 a 2 diante do Getafe, neste sábado, no Camp Nou, o treinador do Barcelona assumiu ser “o maior responsável pelo mau ano do time” e deixou subentendido que não permanecerá na equipe catalã para a próxima temporada. O contrato do argentino se encerra em junho de 2015, mas a diretoria azul-grená deve rescindi-lo antes da Copa do Mundo. O nome mais cotado para substitur o técnico é o de Luis Enrique, atualmente no Celta de Vigo.

Logo após a partida deste fim de semana, na qual o Barça tinha a vitória dentro de casa nas mãos, mas sucumbiu à bola aérea do Getafe e sofreu o empate aos 47min do segundo tempo, Martino descartou qualquer possibilidade de o desgaste físico estar causando a drástica queda de rendimento do time na temporada. Nas últimas semanas, a equipe de Camp Nou foi eliminada nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, acabou derrotada pelo Real Madrid na final da Copa do Rei da Espanha e praticamente deu adeus à briga pelo título espanhol – pode ficar a seis pontos do líder Atlético de Madrid com apenas duas rodadas por jogar.

“Não vejo os jogadores exaustos. Jogamos o mesmo número de partidas dos nossos rivais. Tivemos questões extracampo como o contrato do Neymar e a saída do (Sandro) Rosell (ex-presidente). Não são justificativas, e, por isto, sinto que sou o maior responsável pelo mau ano do Barcelona” admitiu o comandante argentino. “Foi uma temporada muito difícil, nós não ganhamos nada e não tivemos a melhor versão do Barcelona. Durante a época em que vivi aqui, fomos longe de ser o melhor do time”, acrescentou.

Por fim, Martino deixou nas entrelinhas que não deve permanecer no Barça para a próxima temporada. Ele chegou no meio de 2013 para tentar mudar o estilo de jogo do time, mas viu Messi cair de rendimento, Neymar não corresponder às expectativas, e jogadores experientes permanecerem mais tempo fora do que dentro de campo. Somado a estes fatores, o clube se envolveu em problemas com a Justiça Espanhola e a Fifa e perdeu um de seus símbolos nos últimos anos, o ex-treinador Tio Vilanova, morto após dura batalha contra um câncer na garganta.

É por esta crise que o treinador não se vê no direito de pedir uma nova chance à frente do banco de reservas azul-grená. “Às vezes, as oportunidades são reivindicadas quando você acha que pode reclamá-las. E há momentos em que você acha que não as merece. Vou ver o que eu tenho na minha cabeça. Eu acho que ainda há tempo para pensar. Acabamos de jogar uma partida e haverá tempo para eu me decidir”, decretou, adotando tom misterioso, mas, ao mesmo tempo, de despedida do poderoso Barcelona.

Fonte: Terra
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