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Futebol Internacional

Dirigente espanhol que beijou jogadora à força é detido por corrupção

Luis Rubiales foi preso ao chegar no aeroporto de Barajas, em Madri; espanhol ainda responde caso de agressão sexual

3 abr 2024 - 10h56
(atualizado às 11h34)
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Resumo
Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, foi detido em Madri suspeito por corrupção e lavagem de dinheiro. Rubiales também responde por agressão sexual após beijar à força uma jogadora da Espanha.
Rubiales beijou jogadora Jenni Hermoso à força
Rubiales beijou jogadora Jenni Hermoso à força
Foto: DW / Deutsche Welle

Ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales foi detido nesta quarta-feira, 3, por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. O nome do dirigente passou a estampar manchetes internacionais no ano passado, depois que ele beijou uma jogadora espanhola à força na final da Copa do Mundo feminina.

Rubiales foi detido no aeroporto de Barajas, em Madri, quando voltava de uma viagem à República Dominicana. No entanto, a prisão não seria uma surpresa para ele. Enquanto viajava, a Justiça da Espanha já tinha emitido um mandado de busca e apreensão em propriedades do ex-presidente e na sede da Federação Espanhola de Futebol.

A acusação é de corrupção e lavagem de dinheiro durante uma transação comercial feita na gestão de Rubiales. Na ocasião, foi firmado um acordo para que a Supercopa da Espanha, um dos principais campeonatos de futebol do país, ocorresse na Arábia Saudita.

Depois de ser detido, o ex-dirigente foi levado a um tribunal de Madri, onde deverá ser interrogado nesta tarde. Apesar de responder por corrupção e lavagem de dinheiro, Rubiales também aguarda julgamento por agressão sexual, após o beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso

Ex-presidente da federação de futebol da Espanha, Luis Rubiales
Ex-presidente da federação de futebol da Espanha, Luis Rubiales
Foto: REUTERS/Isabel Infantes

Agressão sexual 

Luis Rubiales beijou à força a boca da jogadora Jenni Hermoso durante a entrega de medalhas na final da Copa do Mundo feminina. O caso, que aconteceu em agosto do ano passado na Austrália, repercutiu negativamente para o então dirigente. 

Na ocasião, Hermoso disse que não se sentiu confortável com a situação. A promotoria ainda alega que a jogadora foi coagida pelo dirigente a ir à público justificar o beijo para “aliviar a barra” de Rubiales. Segundo os promotores do caso, até mesmo a família da espanhola foi procurada e pressionada.

As tentativas de Rubiales foram em vão. O escândalo ofuscou completamente o que foi um momento importante para o futebol feminino espanhol e se transformou em uma onda de sexismo que atraiu as manchetes globais. 

A onda de indignação com o caso foi tamanha que, pouco menos de dois meses depois, o ex-presidente chegou a ser banido de todas as atividades relacionadas ao futebol por três anos. 

"O Comitê Disciplinar da Fifa baniu Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), de todas as atividades relacionadas ao futebol em nível nacional e internacional por três anos, depois de constatar que ele agiu em violação do artigo 13 do Código Disciplinar da Fifa", informou a entidade em um comunicado.

Pessoas protestaram contra o presidente suspenso da federação espanhola, Luis Rubiales
Pessoas protestaram contra o presidente suspenso da federação espanhola, Luis Rubiales
Foto: REUTERS/Isabel Infantes

As últimas atualizações sobre o inquérito vieram na última semana. Em 27 de março, a promotoria espanhola acusolu formalmente o ex-dirigente de agressão sexual e coerção. O Ministério Público espanhol pediu uma pena de dois anos e meio de prisão ao ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol.

O MP solicitou ainda que Rubiales seja inabilitado para trabalhar no esporte enquanto cumprir a sentença, que seja colocado em liberdade condicional por dois anos e que seja proibido de se comunicar com a jogadora e de se aproximar dela em um raio de 200 metros por quatro anos, além de pagar a ela uma indenização no valor de 50 mil euros (R$ 270 mil).

Outros três cartolas também podem pegar pena de 1,5 ano se for comprovado que houve coerção.

Fonte: Redação Terra
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