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Eto'o revela episódios de sua contubarda relação com Guardiola no Barcelona

24 mar 2014 - 18h20
(atualizado às 18h27)
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O atacante camaronês Samuel Eto'o, do Chelsea, afirmou nesta segunda-feira que durante sua passagem pelo Barcelona teve uma relação complicada e recheada de discussões com o técnico Josep Guardiola.

A primeira polêmica aconteceu logo na chegada do treinador, em 2008, quando Guardiola pediu ao então presidente Joan Laporta a saída do atacante, assim como a de Ronaldinho Gaúcho e Deco.

"Lembrei a ele, em primeiro lugar, que ele não tinha sido um grande jogador, mas apenas um bom jogador. É certo. Como jogador nós o conhecíamos, mas como treinador não tinha demonstrado nada para chegar a um vestiário como o do Barça. Nem sequer conhecia a história do vestiário, para que pudesse dizer certas coisas", disse Eto'o em entrevista ao "beIN Sports".

O atacante disse ainda que Guardiola não tinha a coragem de dizer pessoalmente o que pensava sobre ele. "Sobretudo, o que mais me incomodava era que inventavam coisas que acabavam na imprensa", criticou o atacante, que citou a notícia sobre uma possível negociação para um clube do Uzbequistão.

Na ocasião, Guardiola tinha em seu escritório um jornal que tratava desse rumor, e quando Eto'o entrou na sala, segundo o atacante, o treinador comentou: "Acho que pode ser bom para você, veja".

"Eu respondi: 'quem te fará vencer é o Eto'o, e você me pedirá desculpas'. Volteir para o meu lugar e continuei treinando".

Segundo Eto'o, Guardiola o desrespeitou várias vezes. Uma delas foi quando deu a camisa 9 a Henry, em uma partida em Houston: "Não podia admitir isso. Eu tinha feito muito pelo clube, no campo e, sobretudo, fora dele. Sempre tive respeito por meus companheiros", salientou.

O jogador, que costuma não ter "papas na língua", revelou também que questionava a autoridade do treinador, como na vez em tentou ensiná-lo como atacar.

Eto'o ainda afirmou que só chegou a ter confiança em Guardiola quando, no final da temporada, em pleno brinde, o treinador disse ao restante da equipe que, embora tivesse sido um ano difícil, Eto'o demonstrou ser um grande jogador.

Com o tempo, os dois fizeram as pazes, mas o camaronês contou que o técnico não o cumprimentou quando se reencontraram nas semifinais da Liga dos Campeões, em 2010, quando o atleta defendia a Inter de Milão.

"Quando me viu no túnel, ele não me cumprimentou. Esperou que as câmeras aparecessem. E então, evidentemente, eu não pude recusar o aperto de mão", disse.

EFE   
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