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Em coletiva, Odone defende a Arena: 'Um bom negócio para o Grêmio'

25 mar 2013 - 13h31
(atualizado às 13h32)
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A Arana do Grêmio foi idealizada e concluída nas duas últimas gestões de Paulo Odone como presidente do Tricolor. Foi ele que inaugurou a nova casa gremista em 8 de dezembro de 2012, dias antes de ver Fábio Koff assumir o clube mais uma vez. E nesta segunda-feira, em entrevista coletiva concedida na sala do Conselho Deliberativo do Olímpico - que durou cerca de 50 minutos -, Odone garantiu que a Arena é um bom negócio para o clube, o que foi contestado pelo seu sucessor ou, segundo Odone, pela 'periferia'.

- O presidente Koff não mediu o que falou (ao dizer que a Arena não era do Grêmio) E aí os críticos foram em cima, a periferia - disse.

As críticas da atual administração do Grêmio se referem ao contrato feito entre Grêmio e OAS, a construtora responsável pela obra, que tem duração de 20 anos. Tal acordo não é lucrativo para o clube. Para Odone, não há nada que possa ser contestado nesse contrato, assim como nenhuma das suas ações deixou de ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube.

- Esse contrato foi debatido e foi feito por todo o Conselho Deliberativo com uma transparência que nunca houve. E não foi votado, como se alguém desse um parecer. Ele foi discutido número a número, pedaço a pedaço, conveniência ou não. Foram 18 assembleias extraordinárias e todas as comissões foram ouvidas. Não tenha nada que eu tenha praticado nessa gestão que não tenha tido a autorização desse conselho. Foi muito bom negócio, sim, para o Grêmio - destacou Odone, durante a coletiva.

Odone acredita que o Grêmio, representado pela atual diretoria, está no seu direito de buscar mais recursos, já que, segundo ele, os gastos para a montagem do atual plantel foram e continuam sendo altos. Essa é a sua principal queixa.

- Não vejo razão para fazer uma guerra com isso. Agora, se o Grêmio acha que é o primeiro ano (de parceria) e terá umas despesas extras, o Grêmio terá de achar outras soluções. Não acho nenhum pecado, que o presidente Koff abra diálogo com a OAS para tentar outras vantagens que não estavam previstas antes. Não vejo pecado. Acho que o Grêmio e a OAS vão passar 20 anos adaptando esse contrato, para que tenham vida longa juntos.

Odone ainda garantiu Grêmio precisa pagar R$ 43 milhões por ano à Arena Porto-Alegrense, empresa criada para gerir a Arena, já que a administração do estádio é compartilhada e cerca de 27 mil sócios do clube têm direito a ingressos sem precisar pagar por eles - o Grêmio, no Olímpico, era quem assumia esse "prejuízo". Com isso, o clube fica com R$ 32 milhões de lucro por ano, já que o Quadro Social (com cera de 70 mil sócios em dia) rende R$ 66 milhões/ano e o clube ainda recebe R$ 9 milhões da OAS.

O ex-presidente, no entanto, admitiu que a Arena passará a dar mais lucro após sete anos, período em que o empréstimo adquirido junto aoNacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) será quitado:

- A Arena vai dar mais lucro após sete anos, quando acabar o financiamento. Até lá, vamos ter de viver como vivíamos antes. Como era no Olímpico. Eu tenho certeza de que eu pagaria as contas.

Na noite do último domingo, Odone já havia garantido, em entrevista à TVCOM, que não havia qualquer tipo de problema no acordo entre Grêmio e OAS. Foi a sua primeira manifestação após deixar a presidência do clube.

Nesta terça, acontecerá uma reunião entre Odone, Koff e Duda Kroeff, o último presidente do Grêmio (biênio 2009-2010) antes de Odone assumir o comando do clube. pela terceira vez - eles são os três presidentes da "época" que compreende a Arena. Raul Régis de Lima, presidente do Conselho Deliberativo, atuará como mediador do encontro.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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