PUBLICIDADE

Dona dos direitos do Brasileirão no exterior prevê audiência potencial de 600 milhões de assinantes

1190 Sports detém os direitos de transmissão para o exterior das séries A e B por quatro temporadas (de 2020 a 2023) para TV aberta e paga, pay per view e plataformas digitais

11 nov 2021 - 15h10
Compartilhar
Exibir comentários

Com acordos fechados este ano com mercados da América Latina, Estados Unidos e China, a 1190 Sports, empresa que negocia os direitos de transmissão das séries A e B fora do país, aumentou o alcance do Campeonato Brasileiro no exterior. O CEO da companhia, o argentino Hernán Donnari, prevê uma audiência potencial de 600 milhões de assinantes no mundo.

"Estamos agora na América Latina com a ESPN. A competitividade que o futebol brasileiro tem na região é marcante, não só como principal exportador de jogadores do mundo, como para trazer atletas dos países vizinhos", analisa. Antes, o Brasileirão só podia ser visto em outros países da América Latina, por meio da plataforma Brasileirão Play.

O bom desempenho em competições como Libertadores e Sul-Americana nos últimos anos também é ponto favorável para atrair maior interesse da audiência dos países vizinhos. As finais das duas competições serão brasileiras: Flamengo x Palmeiras na Libertadores e Athletico x Red Bull Bragantino na Sul-Americana. A pequena diferença de fuso horário entre os países sul-americanos também é outro ponto importante que ajuda a entender a estratégia da empresa.

A 1190 Sports detém os direitos de transmissão para o exterior das séries A e B por quatro temporadas (de 2020 a 2023) para as TVs aberta e paga, pay per view e plataformas digitais. A CBF informou à época da assinatura do contrato que abriu mão de qualquer participação econômica no contrato em favor dos clubes. A empresa, que também possui os direitos do Campeonato Argentino e da seleção chilena, conta com uma estrutura de mais de 100 profissionais, distribui conteúdo para mais de 100 países e produziu 1500 jogos ao vivo, a maioria em inglês e português.

No meio deste ano, os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro foram negociados para os mercados dos Estados Unidos. A 1190 Sports assinou um contrato multiplataforma com a Univision, que passa a transmitir jogos em português e em espanhol, e com a Paramount+, serviço de streaming da CBS, com narração em inglês dos jogos da Série A.

A empresa também aproveita o crescimento exponencial do futebol no mercado americano. A Major League Soccer, principal liga de futebol do país, também monitora de perto os jovens jogadores sul-americanos. Em março, levantamento do Estadão apontou que 45 promessas da região de até 23 anos estavam disputando a liga.

Outro pacote de streaming foi comercializado neste ano com o mercado da China. Um acordo foi assinado com a PP Sports, líder entre as plataformas digitais de esportes no país asiático. O pacote inclui três jogos por rodada na edição de 2021.

"O próprio Flamengo fez uma ação de marketing no clássico com o Fluminense usando uniformes com os nomes dos jogadores em chinês. A Ásia tem um grande interesse no futebol brasileiro e nós estamos explorando vários formatos para a China. Os chineses querem coisas mais íntimas, pessoais. Solicitam esse tipo de conteúdo das estrelas", explica Donnari.

Para o clássico carioca disputado em outubro, a 1190 Sports ofereceu aos assinantes pela primeira vez a possibilidade de acompanhar o confronto com um comentarista tricolor ou uma rubro-negra. A estratégia da empresa também contempla contar histórias e curiosidades do futebol brasileiro para o público estrangeiro. "É importante explicar a história dos times e das rivalidades. Por que um Gre-Nal é importante?", conta Leonardo Caetano, country manager da empresa e ex-diretor de cerimônias na Olimpíada do Rio, que detalha o conteúdo oferecido pela companhia.

"Vamos mostrar nossa flexibilidade de produção, não só apresentar os 90 minutos de cada partida. Nós temos o 'Let's Samba', conteúdo de dribles e coisas inusitadas, além do 'Rising Stars', onde apresentamos quem pode ser a nova estrela, o próximo Ronaldinho ou Romário", explica.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade