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Copa do Mundo

Herói croata, goleiro homenageia amigo que morreu em jogo

Depois de defender três cobranças de pênalti contra a Dinamarca, Danijel Subasic exibiu camiseta com referência a Hrvoje Custic

2 jul 2018 - 05h33
(atualizado às 08h55)
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Ao final da partida entre Croácia e Dinamarca, que terminou empatada por 1 a 1 após tempo normal e prorrogação, com vitória dos croatas nos pênaltis, o goleiro Danijel Subasic tinha orgulho em mostrar a camiseta que usava por baixo de seu uniforme. Com a inscrição "Para sempre", ele homenageava seu amigo de clube Hrvoje Custic, que morreu em abril de 2008 num acidente trágico de jogo.

Subasic foi o herói da classificação da Croácia para as quartas de final da Copa do Mundo ao defender três cobranças de pênalti e garantir a vitória por 3 a 2. "Ele foi o nosso herói", admitiu o técnico Zlatko Dalic, que nem quis ver a última cobrança. "Ele pegou três penalidades, algo que não vemos toda hora numa Copa do Mundo. Ele nos colocou na próxima fase e temos de agradecê-lo", festejou.

O goleiro Danijel Subasic agradece aos torcedores apos a classificação nos pênaltis
O goleiro Danijel Subasic agradece aos torcedores apos a classificação nos pênaltis
Foto: Damir Sagolj / Reuters

O goleiro sempre usa a camiseta para manter viva a lembrança de Custic. Em uma partida pelo Zadar, em 2008, o atleta se chocou de cabeça contra um muro que ficava próximo ao campo. Foi hospitalizado, mas poucos dias depois morreu devido a uma grave lesão cerebral. Tinha somente 24 anos.

É a força da lembrança que move o goleiro desde então. Subasic, de 33 anos, atua no Monaco, da França. Ele teve uma atuação de gala nas cobranças de pênaltis, fazendo com que o arqueiro dinamarquês Kasper Schmeichel perdesse os holofotes, mesmo tendo defendido também três cobranças no jogo, uma delas na prorrogação.

Se do lado croata a situação era de festa e alegria, para o filho do lendário Peter Schmeichel (goleiro campeão da Euro de 92) o momento era de tristeza, até porque ele fez sua parte, mas o time não ajudou. Para ele, a eliminação de seu país gerou uma mistura de sensações. Tristeza pela derrota nas oitavas, mas felicidade pelo desempenho do time que, segundo ele, merecia continuar no torneio.

"É um sentimento estranho. Há uma enorme decepção, mas também um grande orgulho em nosso desempenho. Tivemos a oportunidade e acho que fomos a melhor equipe no segundo tempo. É difícil colocar todas as emoções em palavras neste momento", avaliou o goleiro do Leicester, eleito o melhor do jogo.

Schmeichel defendeu cobrança de pênalti de Modric no segundo tempo da prorrogação e, na decisão derradeira, o goleiro também pegou os tiros de Badelj e Pivaric, mas viu três de seus companheiros dinamarqueses perderem suas tentativas e pararem no goleiro croata.

Por fim, ele não impediu Rakitic de fechar a disputa em 3 a 2 para os croatas. "Os nossos três melhores atletas para as penalidades perderam. Eu sinto por Kasper e toda a equipe. Mas isso é o que pode acontecer nas penalidades. É a brutalidade do futebol", disse o técnico Hareide.

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Estadão
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