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Copa das Confederações

Em carro de som, Polícia de MG justifica reação a protesto em tempo real

27 jun 2013 - 09h13
(atualizado às 09h13)
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<p>Carro de som estava posicionado a mais de 100 m da linha de bloqueio</p>
Carro de som estava posicionado a mais de 100 m da linha de bloqueio
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra

“Ei, você de camisa preta e rosto encapuzado. Não ultrapasse o perímetro. Você já está identificado pelas nossas câmeras”. Do alto de um carro de som posicionado a mais de 100 m da linha de bloqueio formada na Avenida Antônio Abrahão Caram, principal via de acesso ao Estádio do Mineirão, o chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, Major Gilmar Luciano, tentou ajudar com um microfone o controle dos confrontos entre Polícia e manifestantes. As frases variaram desde a empolgação por um começo de protesto pacífico até o pedido para que caminhos fossem abertos para atendimento de feridos.

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Por mais de duas horas, o Major Gilmar Luciano parou por poucos segundos o seu falatório. Além de tentar coibir o avanço e abafar os gritos de ordem dos manifestantes, a tática funcionou também como uma justificativa para cada reação da Polícia a agressões iniciadas por grupos radicais.

“Parem de arremessar objetos nos policiais. Não deprede o patrimônio público. Não faça isso. É crime. A Polícia está sendo vítima de agressões injustas. Estamos apenas nos defendendo”, anunciava o major enquanto a poucos metros policiais lançavam bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para coibir os manifestantes.

A ação foi defendida pelo Tenente Coronel Alberto Luis como uma maneira de mostrar a intenção da Polícia me permitir um protesto pacífico e reagir apenas em casos de extrema necessidade. “Nós queremos usar a palavra e evitar o confronto, mas não está adiantando. Hoje ficou claro que é uma pequena minoria, mas que está contagiando as outras pessoas”, disse.

O Major Gilmar Luciano começou o seu trabalho de orador antes da chegada dos manifestantes. Primeiro, ele orientou os torcedores que se aproximavam do bloqueio poucos minutos antes a acelerar o ingresso no perímetro de segurança. Às 15h30 (de Brasília), o major anunciou o fechamento total do acesso “para o início de um ato pacífico e democrático”.

Nos primeiros minutos, o discurso de Gilmar Luciano era de incentivo a uma manifestação democrática e autopropaganda da Polícia. Sem parar de falar, ele chegou até a citar Minas como a capital do pão de queijo e um exemplo de que seria garantido um protesto sem confrontos.

Conforme um grupo radical passou a provocar policiais primeiro com gritos e depois com pedradas, o tom do discurso mudou e ganhou novas preocupações até o final. “Você que está protestando em paz se afaste do gradil, deixe à mostra quem são os vândalos. Esta é uma manifestação pacífica, democrática”, dizia, sempre lembrando que a Polícia estava respeitando a distância da barreira acordada em reunião do governador Antonio Anastasia com líderes de movimentos.

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Depois de muito confronto a dispersão quase total do grupo próximo ao bloqueio, o major passou a alertar sobre os perigos com o Viaduto José Alencar, onde um manifestante havia caído na última semana. “Tomem cuidado no viaduto. Lembrem o que aconteceu no sábado”, dizia enquanto ocorria corre-corre e confrontos nas proximidades do lugar temido.

Quando a polícia já tinha a situação perto do bloqueio sob controle, o Major Gilmar Luciano passou a dialogar com manifestantes. Elogiava quem mostrava cooperação e pediu colaboração para a passagem de equipes médicas para atender os feridos. Seu temor estava certo: Douglas Henrique de Oliveira Souza caiu do viaduto José Alencar durante a confusão e se tornou a primeira vítima fatal das manifestações.

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Fonte: Terra
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